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Paralimpíada: atleta afegã estreia após saída secreta de seu país

Zakia Khudadadi disputou duas lutas no parataekwondo

Por Carlos Rocha Publicado em
Atleta afegã pede ajuda para disputar Paralimpíada
Atleta afegã pede ajuda para disputar Paralimpíada (Foto: Reprodução)

A afegã Zakia Khudadadi competiu na Paralimpíada de Tóquio (Japão) nesta quinta-feira (2) e se tornou a primeira mulher de seu país a fazê-lo desde os Jogos de 2004 (Atenas) após um esforço internacional secreto para a ajudar a sair de Cabul, hoje controlada pelo talibã.

A esportista de 22 anos e seu compatriota Hossain Rasouli chegaram a Tóquio no último sábado (28) via Paris após Khudadadi gravar um vídeo apelando por ajuda para deixar a capital do Afeganistão na esteira da chegada do talibã ao poder.

Nesta quinta-feira, Khudadadi entrou no Centro de Convenções Makuhari Messe de Chiba usando um hijab branco para a primeira luta da estreia paralímpica do parataekwondo. Ela foi a segunda mulher a competir por seu país em uma edição da Paralimpíada.

Khudadadi não falou aos repórteres após suas duas lutas, nas quais perdeu. Rasouli competiu no salto à distância masculino na última terça-feira (31). Os dois atletas disseram não querer conversar com a mídia.

“Preocupo-me com a situação no Afeganistão, mas estou muito contente de ela ter conseguido vir e competir comigo”, disse a ucraniana Viktoriia Marchuk aos repórteres após derrotar Khudadadi na repescagem.

Não ficou claro de imediato o que os atletas afegãos pretende fazer após a Paralimpíada, mas Alison Battisson, da entidade de defesa dos direitos humanos Human Rights for All, que se envolveu em sua retirada, disse à Reuters que a Austrália lhes concedeu vistos humanitários.

No vídeo de 17 de agosto, Khudadadi disse: “Não quero que minha luta seja em vão e sem qualquer resultado”.


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