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Aumento para prefeito e vereadores de João Pessoa é inconstitucional, diz Lucas de Brito

Lucas de Brito (PV) diz que a votação desrespeitou o princípio da impessoalidade, pulou etapas e ocorreu em um momento inoportuno, por conta da pandemia

Por Carlos Rocha Publicado em
Lucas de Brito CMJP

Dois vereadores de João Pessoa que foram contrários ao reajuste, aprovado nesta quarta-feira (16), para os parlamentares, prefeito, vice e secretários, falaram sobre a votação. Um deles afirmou que a ação é inconstitucional e não poderia ser aprovada.

Lucas de Brito (PV) disse que há problemas na aprovação desse projeto. O parlamentar afirmou que pelo princípio da impessoalidade não se pode legislar em benefício próprio.

"É um projeto inconstitucional. A constituição federal, no artigo 37, traz o princípio da impessoalidade. O vereador só pode legislar para outra legislatura, antes das eleições, sem saber se será ou não reeleito. Depois de reeleição ele não pode legislar aumentando o próprio salário, sob pena de legislar em causa própria e violar, dessa forma, o princípio da impessoalidade", explicou.

Lucas disse ainda que a votação passou por cima de algumas etapas necessárias para aprovação de qualquer projeto na Câmara Municipal.

"A matéria atropelou o devido processo legislativo. Precisaria tramitar pelo menos na Comissão de Constituição (CCJ) e Justiça e nem parecer oral da CCJ foi colhido na manhã de hoje. Foi uma votação completamente atropelada", afirmou.

O parlamentar completou que esse é um momento crítico no país por conta da pandemia e suas consequências na economia.

"É uma medida inoportuna para o momento que o Brasil vive, de pandemia, de crise econômica, de 14 milhões de desempregados, de pessoas que não tem o dinheiro se quer pagar sua própria feira, que estão se valendo do auxílio emergencial, e aí a classe política se dá um de presente de natal, um aumento de subsídio", finalizou.

O vereador Thiago Lucena (PRTB) foi o único releito que votou contra o aumento do próprio salário. Ele disse que seria incoerente se votasse a favor do reajuste em um momento como esse.

"A palavra coerência. No passado esse debate existiu, o lançamento do aumento de salário mais o aumento de número de vagas duas vagas de vereador e também sempre fui contra em todas essas ideias. Eu não poderia nunca, depois da eleição, depois de ter ganho a eleição ser favorável", disse.

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