Mentor da 'Barbárie de Queimadas' solicita permanência no Rio de Janeiro

Mentor da 'Barbárie de Queimadas' solicita permanência no Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução / Arquivo Pessoal / SEAP)

A defesa de Eduardo dos Santos Pereira, conhecido como o mentor da terrível "Barbárie de Queimadas", apresentou um requerimento à Justiça da Paraíba, solicitando a permanência dele no Rio de Janeiro para cumprimento de pena. O pedido fundamenta-se no vínculo familiar do acusado com o estado onde foi preso. Essa solicitação aguarda uma posição da Gerência Executiva do Sistema Prisional (Gesipe).

Nesta quinta-feira (21), Eduardo teve sua prisão mantida após uma audiência de custódia realizada na Paraíba. Contudo, a questão sobre a transferência não foi analisada durante a audiência.

Até o momento, a Gesipe não recebeu oficialmente o ofício da Justiça referente ao pedido de permanência de Eduardo no Rio de Janeiro. O Sistema Penitenciário deverá manifestar-se a respeito, concordando ou não com a permanência do acusado no estado.

Após passar três anos foragido, Eduardo dos Santos Pereira foi capturado no Rio de Janeiro. Esperava-se que ele participasse de uma audiência de custódia na quinta-feira (21), porém, o delegado Diego Beltrão, da Polícia Civil da Paraíba, informou que o pedido de recambiamento não foi avaliado durante a audiência. A responsabilidade pela avaliação recai sobre a vice-presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Durante a audiência de custódia, Eduardo passou mal e foi encaminhado ao hospital. Após o retorno à audiência, sua prisão foi mantida, e ele encontra-se detido no presídio de Benfica, no Rio de Janeiro.

A família do acusado expressou o desejo de que ele seja encarcerado em uma penitenciária federal de segurança máxima.

Eduardo dos Santos Pereira foi encontrado em uma residência alugada e estava sozinho no momento da prisão. Ele é apontado como o mentor do estupro coletivo que ficou conhecido como "Barbárie de Queimadas", ocorrido em 2012. No crime chocante, cinco mulheres foram estupradas por indivíduos que consideravam amigos, sendo que duas delas, Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, foram brutalmente assassinadas por terem identificado os agressores durante os estupros.

Além de Eduardo, outros seis indivíduos foram considerados culpados e receberam sentenças, enquanto três adolescentes foram ordenados a cumprir medidas socioeducativas.