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Ruan "Macário"

STJ mantém prisão de suspeito de atropelar e matar Kelton Marques

A colisão que tirou a vida do motoboy aconteceu no dia 11 de setembro de 2021

Por Carlos Rocha Publicado em
Justiça nega pedido de habeas corpus de Ruan Macário
Justiça nega pedido de habeas corpus de Ruan Macário (Foto: Reprodução)

Foi negado, pelo Superior Tribunal de Justiça (STF), o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como "Ruan Macario", que teve a prisão decretada após o atropelamento e morte do motoboy Kelton Marques, de 33 anos. A colisão que tirou a vida do motoboy aconteceu no dia 11 de setembro de 2021, na Avenida Flávio Ribeiro Coutinho, o Retão de Manaíra, em João Pessoa. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (31).

Com a decisão, o mandado de prisão do suspeito, decretado um dia depois da morte de Kelton, foi mantido. Portanto, Ruan ainda é considerado foragido.

O Jesuíno Rissato, desembargador convocado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, disse que a decisão encontra-se fundamentada na garantia da ordem pública, uma vez que o suspeito continua foragido, sem se apresentar para prestar contas e esclarecer os fatos.

"(...) Como visto, o paciente se evadiu do distrito da culpa logo após os fatos, o que constitui fundamento idôneo para a preservação da custódia, porquanto, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a fuga do réu é motivação suficiente a embasar a segregação cautelar para a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal", escreveu.

TJPB

No dia 12 de novembro de 2021, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) não aceitou a solicitação de habeas corpus impetrado pela defesa do empresário. O pedido foi apreciado pelo juiz convocado Carlos Antônio Sarmento.

'Ruan Macário' está com um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido. Não há notícias sobre o paradeiro dele desde a colisão, que aconteceu no dia 11 de setembro desse ano. A defesa ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça da Paraíba no início de novembro.

Apesar da falta de notícias sobre o acusado, a Polícia Civil informou que continua com o trabalho de buscas para cumprir o mandado de prisão. Rodolfo Santa Cruz, delegado responsável pelas investigações, disse que não há falta de esforços por parte da polícia judiciária para capturá-lo, porém sobram dificuldades.

O caso

No próximo dia 11 o caso completa sete meses e ainda não há notícias do paradeiro do condutor do veículo que colidiu contra Kelton Marques. O delegado disse que inquérito sobre o caso foi concluído. Para ele, o sentimento que fica é de "frustração" por ainda não ter efetuado a prisão do Ruan.

“Não podemos deixar de externar nossa frustração por não ter tido sucesso pleno como desejávamos. O inquérito está concluído. Estamos com os autos agora, em devolução do Ministério Público, para cumprir algumas poucas diligências”, disse.

"Com toda dificuldade de encontrar, de localizar para dar cumprimento a ordem judicial de prisão, isso, realmente, nos incomoda bastante”, acrescentou o delegado.

Rodolfo ainda pontuou que “o encerramento do inquérito, com o relato e o respectivo indiciamento, não vai fazer com que os trabalhos deixem de existir. Ele [Ruan] entra na relação de outros procurados e criminosos que são foragidos da Justiça paraibana".

"Mas esperamos e acreditamos que vamos prender, por toda repercussão e por toda dificuldade que ele impôs ao trabalho da polícia e da Justiça. É uma coisa de honra para gente", finalizou.

O mandado de prisão preventiva contra Ruan Ferreira foi expedido pela Justiça no dia 13 de setembro.

A colisão aconteceu no cruzamento da Avenida Governador Flávio Ribeiro Coutinho com a Miriam Barreto, no bairro de Manaíra. No momento da batida, o carro que atingiu Kelton estava a 163km/h, segundo a polícia.

Kelton Marques fazia entregas de um restaurante que atendia durante as madrugadas. O caso aconteceu quando ele voltava para casa, no dia 11 de setembro. De acordo com a Polícia, um carro em alta velocidade ultrapassou o sinal vermelho e atingiu a moto em que o trabalhador estava. O motorista não permaneceu no local para prestar socorro.

Conforme o delegado Luiz Eduardo, que atendeu a ocorrência, foram encontradas latas de cerveja e substâncias entorpecentes no carro que causou a colisão.

Ruan Ferreira acumula exatos R$ 7.842,58 em penalidades de trânsito, com a maioria das multas por excesso de velocidade.


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