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Fiscalização em abatedores

Vídeo: estudo revela que abatedouros da Paraíba tratam carnes no chão

Os locais serão inspecionados por uma força-tarefa montada pelo Ministério Público do Trabalho.

Por Redação Publicado em
FEIRA LIVRE 27 03 2019
A grave situação identificada nos abatedouros se repete em mercados públicos A grave situação identificada nos abatedouros se repete em mercados públicos Foto: Reprodução / TV Tambaú

Falta refrigeração, itens essenciais de limpeza e até noções mínimas de higiene. A real situação em que carnes são comercializadas em algumas feiras livres, açougues e até supermercados da Paraíba nem de longe está perto de ser razoável. O quadro se agrava ainda mais quando o foco são os abatedores. Da morte do animal ao transporte do produto não faltam irregularidades. E esse quadro baseou uma investigação que resultou na denúncia feita pelo Núcleo de Justiça Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A ação identificou que pelo menos 71 abatedouros funcionam em condições inadequadas. Os resultados, inclusive, foram apontados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na última segunda-feira (25).

Segundo o professor Francisco Garcia, além dos problemas na estrutura, foram detectados indícios de “trabalho infantil e trabalho escravo”. Acionado, MPT informou que criará uma força-tarefa para investigar a situação dentro dos próximos dias.

A denúncia contra os abatedouros reúne informações de duas dissertações de mestrado, um artigo científico e seis relatórios do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Os estudos se desenvolveram entre os anos de 2014 e 2018. Conforme Francisco, a situação põe em risco, inclusive, a saúde da população de modo geral.

100% dos abatedores pesquisados estão fora dos padrões de higiene. Há possibilidade dessas cargas estarem contaminadas e propiciar até tuberculose nas pessoas porque elas, em sua grande maioria, são manejadas no próprio chão”, completou.

O relatório indicou que 80% dos trabalhadores não fazem uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), e, em pelo menos 34,9% dos abatedouros havia trabalho infantil com crianças que abandonaram a escola.

De acordo Edilene Lins, procuradora do Trabalho, os locais serão investigados, e, caso necessário, eles podem ser interditados. “Nós vamos levar os órgãos que realizam as interdições. Teremos apoio da Polícia Militar, da Polícia Federal e realizaremos essa força-tarefa”, afirmou.

O assunto foi tema de uma reportagem exibida no programa Tambaú da Gente.

Assista:

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