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UFPB vai coletar mais amostras para investigar variante Alpha na PB

As amostras serão enviadas à Fiocruz para sequenciamento do vírus

Por Juliana Alves Publicado em
Analise gov
(Imagem: Reprodução/Governo da Paraíba)

Após a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmar a circulação da variante Alpha (de origem no Reino Unido), em território paraibano, nesta terça-feira (15), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) disse que irá coletar mais amostras para investigar se existem outros casos da nova cepa no Estado.

O coordenador do Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada (Lavimap) da Escola Técnica de Saúde da UFPB, no Campus I, em João Pessoa, Prof. João Felipe Bezerra, informou que as novas amostras serão enviadas à Fiocruz para sequenciamento do vírus.

“Nós estamos fazendo a seleção de mais amostras para investigar se existem outros casos da variante Alpha, dando continuidade ao monitoramento dessa linhagem aqui na Paraíba”, adiantou o pesquisador.

A nova cepa foi identificada em um jovem, do sexo masculino, que reside em João Pessoa e sem histórico de viagem para o continente europeu. Ele teve sintomas em 23 de março e, posteriormente, teve evolução para a cura.

De acordo com Prof. João Felipe, a variante Alpha tem como principal característica ser mais transmissível. “Alguns estudos realizados no Reino Unido mostraram que ela pode estar associada a uma maior letalidade”, relatou o docente. O Lavimap, em parceria com o Lacen-PB, já enviou mais de 260 amostras para sequenciamento na Fiocruz.

O monitoramento de amostras do novo coronavírus faz parte da Rede Nacional de Sequenciamento Genético para Vigilância em Saúde. Os resultados de exames são enviados para a Fiocruz, onde é realizado o sequenciamento e a identificação das variantes em circulação no território brasileiro.

O coordenador do Lavimap reforçou a importância de monitorar essa variante, suas características, como a transmissibilidade, assim como investigar se ela tem a capacidade de escape do sistema imunológico, que é a capacidade de ‘fugir’ dos anticorpos produzidos por pacientes que já tiveram a infecção.

“Quem já foi infectado com a Covid-19 pode não ter uma resposta favorável e desenvolver novamente um quadro da doença. Por isso é importante fazer o monitoramento já que, a cada dia, pode aparecer novas mutações do vírus”, explicou.


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