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Depois de 23 anos

Corte internacional julgará Brasil por feminicídio cometido por deputado paraibano

Aércio Pereira foi condenado pela morte de uma jovem de 20 anos, mas nunca foi preso

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
AERCIO PEREIRA DE LIMA PB

Nesta quarta-feira (3), a Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão judiciário autônomo da OEA (Organização dos Estados Americanos), julgará o Estado brasileiro pela impunidade do crime de homicídio que o deputado paraibano Aércio Pereira foi condenado a 16 anos, mas nunca foi preso. O político foi considerado culpado pelo assassinato de Márcia Barbosa de Souza, morta aos 20 anos, em 1998, na Paraíba.

Conforme o laudo da polícia, ela tinha sinais de espancamento e a morte foi causada por asfixia.

Aércio foi condendo apenas em 2007, quando perdeu a imunidade parlamentar. Na época do crime, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) negou duas vezes o início das investigações para abertura do processo. Mesmo condenado, o político recorreu e nunca foi detido. Ele morreu aos 64 anos, um ano depois da sentença.

Aércio Pereira exerceu o mandato de deputado estadual por cinco legislaturas (1978 a 1998).

Após sete anos, o Cejil (Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional) fez um pedido de avaliação do caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A comissão entendeu que o Estado brasileiro é culpado pela falta de punição para o crime.


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