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Caso Braiscompany: Fabrícia Farias deve aguardar processo de extradição em liberdade

Antônio Inácio Ais e Fabrícia Farias foram presos na Argentina

Por Carlos Rocha Publicado em
Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais
Caso Braiscompany: Fabrícia Farias deve aguardar processo de extradição em liberdade (Foto: Divulgação / Redes Sociais)

Os advogados do casal Braiscompany informaram, por meio de nota, nesta sexta-feira (1º), que Fabrícia deve aguardar o processo de extradição em liberdade. Isso ocorreu após a prisão do casal Antônio Inácio Ais e Fabrícia Farias na Argentina, em decorrência de condenações no Brasil por um esquema que acumulou mais de 400 milhões de dólares em criptomoedas.

"A Justiça argentina acolheu a petição apresentada por nós e deliberou que Fabrícia aguarde o curso do procedimento de extradição em liberdade, haja vista o entendimento de que não figura como uma ameaça às investigações e não apresenta risco de evadir-se", esclareceu o advogado Santiago Andre Schunck. "No que concerne ao cônjuge dela, estamos adotando as providências pertinentes para que ele também aguarde a extradição em liberdade."

Uma equipe de advogados partiu de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (1º), com destino a Buenos Aires, para assumir pessoalmente a condução do caso no país vizinho.

Momento da prisão

Nesta sexta-feira (1º), o Ministério de Segurança da Argentina compartilhou em suas páginas oficiais nas redes sociais os momentos da prisão de Antonio Ais e Fabrícia Campos, conhecidos como casal Braiscompany. De acordo com a publicação oficial, a Interpol e a Polícia Federal Argentina prenderam os brasileiros, condenados por um esquema que acumulou mais de 400 milhões de dólares em criptomoedas.

A captura foi resultado de tarefas de inteligência, que possibilitaram descobrir a identidade falsa adotada por Antonio Ais quando entrou no país. O casal foi detido na localidade de Escobar, Província de Buenos Aires, após a polícia rastrear suas despesas e movimentos.

Relembre o caso

Antonio Inácio Da Silva Neto e Fabrícia Farias eram sócios da empresa de criptoativos Braiscompany, com sede na Paraíba, e estão sendo investigados por suposta prática de pirâmide financeira. A Polícia Federal brasileira realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (1º), em João Pessoa, para detalhar as prisões do casal, efetuadas na última quinta-feira (29).

O processo de extradição já foi iniciado e deve durar aproximadamente três meses para ser concluído. Antônio Neto e Fabrícia Campos já foram condenados por crimes contra o sistema financeiro, com penas de 88 anos e 7 meses para Antônio, e 61 anos e 11 meses para Fabrícia. Outros nove réus também foram condenados.

O casal era considerado foragido desde fevereiro de 2023, quando ocorreu a primeira fase da Operação Halving da Polícia Federal, que investigou crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. A operação teve como alvo a sede da Braiscompany e locais associados em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo. Cerca de R$ 15,3 milhões foram bloqueados em contas ligadas à empresa, que movimentou aproximadamente R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos, segundo a Polícia Federal.

Em uma entrevista exclusiva à TV Tambaú/SBT, uma ex-funcionária da Braiscompany detalhou a rotina dentro da empresa, evidenciando atrasos nos salários e um ambiente de megalomania, com os donos Antônio e Fabrícia buscando constantemente o centro das atenções.


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