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Operação Indignus

Padre Egídio e diretoria do Hospital Padre Zé usavam ação social para acesso a fortunas, diz Gaeco

Em entrevista à Rede Tambaú de Comunicação, o promotor Octávio Paulo Neto informou como ocorreu a Operação Indignus

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Apartamento onde padre vive foi alvo de operação policial.
Apartamento onde padre vive foi alvo de operação policial. (Foto: Divulgação)

Os investigados na Operação Indignus, que apura desvios de recursos no Hospital Padre Zé, fizeram uso dos movimentos sociais para enriquecimento pessoal, afirma o promotor de Justiça, Octávio Paulo Neto. A ação coordenada pelo Gaeco/MPPB (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba) aconteceu nesta quinta-feira (5), cumprindo 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Conde e João Pessoa, bem como, na cidade de São Paulo.

Para o MPPB, três investigados, entre eles, o padre Egídio de Carvalho, mantinham condutas que indicam os crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

"Uma coisa que chama a nossa atenção é a apropriação de pautas legítimas de alto relevo social por pessoas que só buscam se monetizar. Se envolvem em movimentos sociais, se  envolvem em aparelhos destinados a suporte dos miseráveis e desprovidos, dos esquecidos, para tão somente usá-los para poder acessar grandes recursos. Isso é uma coisa que ficou clara e que causa profunda indignação", declarou o promotor de Justiça, Octávio Paulo Neto.

Fé no luxo

O padre Egídio de Carvalho Neto vive uma vida de alto padrão em João Pessoa. De acordo com a defesa do religioso, ele mora na cobertura do Luxor Paulo Miranda, à beira-mar do Cabo Branco - área que possui o metro quadrado mais caro da capital paraibana. Apartamentos na mesma localização são facilmente avaliados em R$ 2 milhões.

Imagens de divulgação publicadas em redes sociais mostram que detalhes da cobertura duplex com 138m² com vista para o mar, onde vivia o padre Egídio. Veja as fotos

Operação Indignus

Além do padre, outras duas pessoas são investigadas. O nome delas não foi informado. Até o momento, segundo a polícia, há indícios de confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade de pessoas jurídicas com um dos investigados.

De acordo com o Gaeco, um dos alvos da operação possui vários imóveis adquiridos, aparentemente, de forma ilícita e quase todos de elevado padrão.

Hospital Padre Zé emitiu comunicado à imprensa, após a operação. Em nota, a diretoria da unidade de saúde disse que acompanha todo o processo que corre sobre segredo de Justiça colaborando com as investigações. "Deve-se destacar que a atual gestão, que assumiu no último dia 25, tem contribuído com toda a investigação e que tão logo sejam concluídas irá se pronunciar no que toca ao Hospital Padre Zé".

O comunicado ainda ressalta que os investigados na operação “Indignus” não fazem mais parte da diretoria da instituição.

Confira a matéria exibida na TV Tambaú:

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