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Caso Júlia: defesa quer teste de sanidade e diz que mulher está arrependida

A ação policial foi conduzida com o objetivo de reprimir crimes patrimoniais e o tráfico de drogas na região de Patos, no sertão do estado

Por Carlos Rocha Publicado em
Operação policial prende dupla e encontra 40 mil pés de maconha na PB
Operação policial prende dupla e encontra 40 mil pés de maconha na PB (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A defesa de Eliane Nunes da Silva, de 27 anos, suspeita de matar sua filha, Júlia, de 1 ano, a facadas dentro do berço, afirma que ela está arrependida do crime. Eliane passou por uma audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (27) e teve sua prisão mantida, sendo encaminhada para o Presídio Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa. Além disso, a defesa não descarta a possibilidade de solicitar um exame de sanidade mental.

O advogado Jardiel Oliveira informou que respeita a decisão proferida na audiência de custódia, mas que entrará com recurso.

"Eliane Nunes se mostrou colaborativa com as investigações e deixa claro que está arrependida das ações", afirmou o advogado.

Apesar do arrependimento, a defesa está considerando solicitar um exame para atestar a sanidade mental de Eliane.

Em uma coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil na quinta-feira (26), o delegado Diego Garcia havia mencionado a possibilidade de Eliane passar por uma análise psicológica para avaliar sua sanidade mental, embora tenha pedido cuidado com o uso da palavra "surto."

"Devemos ser cautelosos com a palavra 'surto', pois às vezes uma pessoa mal-intencionada a utiliza para justificar a perpetração de um crime. Portanto, os laudos periciais, que provavelmente o IPC (Instituto de Polícia Científica) realizará nesse sentido, devem se concentrar em determinar se a acusada possui alguma deficiência mental que poderia ter levado a esse crime. Aparentemente, à primeira vista, não há sinal de surto," explicou o delegado.

O crime ocorreu na manhã de quinta-feira (26) no bairro do Geisel. Eliane se entregou às autoridades logo após o ocorrido. Segundo o delegado Bruno Germano, a suspeita confessou ter esfaqueado sua filha após uma discussão com o pai da criança, que havia terminado o relacionamento.

De acordo com as mensagens trocadas entre o casal, o término do relacionamento ocorreu horas antes do crime. O marido de Eliane expressou o desejo de terminar a relação, alegando que precisava de paz em sua vida. Ele se comprometeu a ajudar financeiramente a mulher e a criança, enviando uma quantia em dinheiro semanalmente. No entanto, depois de algumas mensagens, ele bloqueou Eliane no aplicativo.

A menina foi sepultada na manhã desta sexta-feira (27) sob forte comoção de familiares e desconhecidos, que se dirigiram a cemitérios no bairro do Cristo e também no José Américo para prestar solidariedade ao pai da criança.

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