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Após 1 mês, ex-moradores de "Dubai" continuam abrigados em escolas

Prefeitura de João Pessoa e representantes das famílias firmaram acordo.

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Desocupação na comunidade Dubai, em João Pessoa
Desocupação na comunidade Dubai, em João Pessoa (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Após um mês, ex-moradores da comunidade Dubai continuam abrigados em ginásios desde a reintegração de posse da área de preservação de Mata Atlântica, em João Pessoa. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, cerca de 30 famílias deixaram os pontos de abrigo. À época, a Prefeitura de João Pessoa afirmou que 284 famílias, com quase 700 pessoas em vulnerabilidade foram identificadas.

As famílias foram beneficiadas com o auxílio moradia, de R$ 350, da Secretaria Municipal de Habitação, e R$ 50, como auxílio alimentação, do governo da Paraíba.

No dia 23 de novembro, uma operação da Polícia Militar realizou a reintegração de posse e retirou centenas de pessoas da área de Mata Atlântica devastada. Quem não tinha para onde ir foi alojado em três locais: o CPDAC, a escola João Gadelha e o ginásio Hermes Taurino.

Na decisão que autorizou a desapropriação da reversa ambiental de Mata Atlântica, o juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior determinou o acolhimento das famílias, em local adequado, com especial atenção e proteção aos idosos, enfermos, portadores de necessidades especiais, crianças, adolescentes e gestantes.

No dia 16 de dezembro, a gestão municipal informou que chegou a um acordo com representantes das famílias alojadas nas escolas. Em audiência realizada no Ministério Público da Paraíba, as famílias aceitaram as condições apresentadas pela Prefeitura e todos receberão novos apartamentos, que serão construídos até um ano.

A secretária de Habitação de João Pessoa (Semhab), Socorro Gadelha, disse serão cerca 368 residências para atender as famílias de Dubai.

Em setembro deste ano, o Portal T5 denunciou, com exclusividade, o desmatamento de 13 hectares de Mata Atlântica por famílias em vulnerabilidade em busca de moradia. Cerca de 1.500 pessoas vivem abrigadas em construções de risco, rodeadas pela devastação que corresponde a 13 campos de futebol.

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