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No vôlei de praia

"Amei estar aqui", diz paraibano ao se despedir dos Jogos Olímpicos

Letões venceram dupla brasileira no vôlei de praia nessa terça-feira (3).

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Paraibano estreou neste ano, nos Jogos Olímpicos.
Paraibano estreou neste ano, nos Jogos Olímpicos. (Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

Alison e Álvaro Filho foram as vítimas dos letões Martins Plavins e Edgars Rocs, carrascos do vôlei de praia brasileiro nos Jogos Olímpicos, em Tóquio. Nessa terça-feira (3), eles tiraram a última chance de medalha das duplas do Brasil ao vencerem o confronto por 2 sets a 0, parciais de 21/16 e 21/19.

“Nós queríamos muito ganhar, mas a Letônia mereceu a vitória. Eles não erraram saque, jogaram bem. Tentamos corrigir nosso jogo, mas às vezes não dá certo. Amei estar aqui, foi um dos melhores sentimentos da minha vida e quero trabalhar duro para ir a outros Jogos”, disse Álvaro, estreante em Jogos Olímpicos.

A partida começou melhor para a dupla brasileira. Até a metade do primeiro set, Alison e Álvaro detinham o controle do jogo. Mas bastou um desperdício de contra-ataque, que poderia levar o placar para 12/9, para o panorama mudar completamente. Os letões erravam pouco e passavam a responsabilidade para os brasileiros. Uma estratégia que foi mantida até o último ponto e determinou o resultado final, tendo em vista que 13 pontos foram cedidos à dupla da Letônia, enquanto os brasileiros se beneficiaram somente três vezes no jogo dos erros dos adversários.

“É difícil falar. O saque deles foi perfeito hoje, não erraram. Quem erra mais, acaba perdendo. É uma pena, mas isso não apaga nossa história, nossa trajetória, e como evoluímos. Fica um legado para o Álvaro de tudo que aprendi, de tudo que nós passamos. Ele tem 30 anos, mais um ou dois ciclos pela frente e espero que o Brasil volte ao topo mais pra frente”, afirmou Alison.

“Volto para casa agora, para minha família. O primeiro a saber sobre meu futuro vai ser o Álvaro, o segundo vai ser minha equipe. Eu só vou continuar no ciclo olímpico se for competitivo, como fui nesses Jogos. Se não, não vou queimar a minha história só para vir para mais uma edição, para dizer que vim na minha quarta Olimpíada. Minha chama está acesa, mas agora não posso responder. Estou muito feliz pelo que nós fizemos, nossa história, pelo que esse cara fez por mim e vamos rir muito de tudo ainda”, completou o campeão olímpico no Rio 2016.

Esta foi a primeira vez desde Atlanta 1996, quando o vôlei de praia foi incluído no programa olímpico, que o Brasil volta sem medalha dos Jogos.

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