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Como se formou o time do Grêmio que disputa o Tri da Libertadores

Esculpido a muitas mãos ao longo dos últimos quatro anos, grupo que disputa a final da Libertadores está a dois jogos de entrar na história do clube

Por Redação Publicado em
Gremio libertadores

No caso de Ramiro, o movimento foi contrário. A aposta era que o jogador vindo do Juventude seria um volante, talvez um lateral-direito, que se destacaria pelo poder de marcação e a boa capacidade de sair jogando. Os R$ 200 mil pagos para comprá-lo representam hoje um investimento para trazer um jogador que virou a solução encontrada por Renato Portaluppi para suprir a lacuna aberta com a saída de Giuliano, negociado no ano passado com o Zenit -RUS.

Se Geromel resolvia as dificuldades técnicas da zaga, ainda faltava um jogador de temperamento mais forte para o setor. Auxiliar técnico de Roger Machado, James Freitas citava com frequência o argentino Kannemann. Iniciou-se, então, uma negociação que se revelaria complicada, por conta de um intermediário que, a cada dia, impunha uma nova exigência. O negócio só foi fechado depois de uma viagem do vice de futebol Alberto Guerra a Buenos Aires onde o zagueiro descansava depois de desligar-se do Atlas, do México.

— Kannemann sempre teve determinação e raça. O apelido viking resumia isso. No México, estava infeliz porque o clube não privilegiava essas características — conta Guerra.

As mesmas virtudes o levaram a contratar o lateral direito Edilson, a quem conhecia da passagem de ambos pelo clube em 2010.

— Ele havia mudado. Estava três quilos mais magro e com uma motivação contagiante — recorda o ex-vice de futebol.

Fevereiro deste ano já se aproximava de seu final, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG e outros clubes brasileiros da Libertadores se reforçavam e ainda faltava ao Grêmio o fazedor de gols, expressão criada pelo vice-presidente Adalberto Preis. O clube, contudo, buscava não se afastar da premissa de gastar pouco e acertar seu fluxo de caixa.

— O presidente Bolzan deu, então, uma entrevista de que só teríamos alguma chance de sucesso fazendo alguma extravagância. E essa extravagância foi Lucas Barrios — conta o vice de futebol Odorico Roman.

Pouco dias depois de o uruguaio Gabriel Fernández ser reprovado nos exames médicos, representantes de Barrios ofereceram o jogador ao Grêmio. A partir daí, foi preciso somente esperar seu desligamento do Palmeiras para fechar negócio com o goleador do time na temporada.

Com o lateral-esquerdo Bruno Cortez a tratativa foi bem mais rápida. Durou, na verdade, apenas um dia, o tempo de seu procurador definir as bases em uma reunião no CT Luiz Carvalho.

— Ele estava apalavrado com o Náutico. Quando soube do interesse do Grêmio, nos deu preferência — diz Roman.

A soma de todas essas características será vista outra vez em ação hoje à noite por 55 mil gremistas na Arena. Esculpido a muitas mãos ao longo dos últimos quatro anos, o time sonhado pela torcida está a dois passos de entrar para sempre na história.

Por Gauchazh


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