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UFPB coordenará projeto voltado ao tratamento da Covid-19 por meio de neuroestimulação

Pesquisa é realizada em parceria com o governo estadual e pesquisadores americanos

Por Carlos Rocha Publicado em
Fisitoterapia angelica

Os professores Suellen Andrade e Eduardo França, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus I, em João Pessoa, coordenarão projeto de pesquisa com a finalidade de avaliar tratamento por meio de neuroestimulação em pacientes graves de covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-Cov2).

Os testes serão realizados em pacientes voluntários internados no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, no bairro de Várzea Nova, no município de Santa Rita, na Grande João Pessoa, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba e com pesquisadores do City College of New York e da University of Michigan, nos Estados Unidos da América (EUA), que são referência em neuroestimulação no mundo.

Segundo Suellen Andrade, a neuroestimulação é um procedimento não-invasivo que busca estimular uma melhor comunicação da rede neuronal acometida pela covid-19. Em pacientes graves, o comprometimento neurológico e inflamatório pode perdurar por vários meses, com sequelas como dor, fadiga, incapacidade física e até problemas cognitivos como ansiedade e depressão.

“Esperamos que a estimulação de centros corticais que regulam essas funções possa ser um adjuvante terapêutico, ou seja, um recurso terapêutico em adição ao tratamento principal, com a capacidade de ampliar os benefícios do tratamento recebido no hospital, reduzindo o tempo de internação e melhorando o quadro clínico. Ressaltamos, contudo, que estamos em fase de pesquisa clínica e deveremos interpretar com cautela cada resultado encontrado”, afirma a professora da UFPB.

Os testes do projeto de pesquisa terão início após a chegada de quatro equipamentos de neuroestimulação produzidos pela empresa norte-americana Soterix Medical, treinamento online da equipe pelos especialistas estadunidenses e avaliação do corpo técnico do estudo. Os aparelhos devem chegar ao Brasil ainda neste mês.

Suellen Andrade conta que, inicialmente, serão utilizados dois neuroestimuladores na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dois na enfermaria do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, atualmente, há 30 leitos de UTI e 31 de enfermaria ativos na unidade.

O método do estudo será o open label, no qual todos os envolvidos têm conhecimento do tratamento administrado. Avaliações executadas por uma comissão de segurança e gestão técnica conduzirão os próximos passos do projeto. Neste primeiro momento os trabalhos devem durar seis meses.

“Esta parceria com a Secretaria de Estado da Saúde poderá se traduzir em acompanhamento de longo prazo para estes pacientes. A nossa equipe ainda está em fase de estruturação. Por parte da Secretaria, participarão Daniel Beltrami, Paulo Lucena e Vanessa Cintra”, finaliza a professora da UFPB, Suellen Andrade.

O protocolo de intenção entre o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, a empresa norte-americana Soterix Medical, representada pelo pesquisador Abhishek Datta, e os pesquisadores estadunidenses foi assinado no dia 3 deste mês.

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