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RELATÓRIO APROVADO

Senado aprova prorrogação da desoneração da folha até 2027

Pedido de urgência para texto ir ao plenário da Casa foi aprovado também

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
Pedido de urgência para texto ir ao plenário da Casa foi aprovado também
Pedido de urgência para texto ir ao plenário da Casa foi aprovado também (Foto: Reprodução / Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou nesta terça-feira (24) o relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA) sobre o Projeto de Lei 334/2023, em que o parlamentar mantém a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2027.

O projeto foi aprovado pelo Senado em junho, mas foi modificado pela Câmara dos Deputados quando passou pela Casa e, por isso, voltou à outra. Entre as mudanças feitas pelos deputados, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros; o texto aprovado pelos senadores em junho restringia essa lista a municípios menores.

No relatório na CAE, Angelo Coronel se manifesta pela rejeição de todas as mudanças e pela manutenção da versão do projeto aprovada pelos senadores.

A votação do parecer no colegiado quase não ocorreu hoje, pois Angelo Coronel, num primeiro momento na sessão, acatou pedido feito por diferentes senadores, entre eles Ciro Nogueira (PP-PI), para incorporar uma das modificações feitas pela Câmara. Essa mudança tratava da redução da alíquota para as empresas de transporte rodoviário. Com a solicitação aceita, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) pediu vista, isto é, para a apreciação da matéria ser adiada.

"Como há introdução de matéria nova, eu me antecipo pedindo mais uma vez vista. E realmente por quê? Estou dizendo, nós estamos apresentando amanhã a reforma tributária. Eu não acho que é um bom sinal para dentro e para fora eu apresentar a reforma tributária e estar aprovando um projeto que fala em desoneração tributária. É contraditório", afirmou o petista.

O pedido de vista foi apoiado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Angelo Coronel fez um apelo para que a solicitação fosse retirada. Segundo ele, "esse pedido de vista, já foi discutido aqui em outras ocasiões, sempre tinha um caráter protelatório". "Eu sinto, em conversando, que a maioria do Senado é favorável à desoneração da folha dos 17 setores e bem como também a desoneração das prefeituras", complementou.

Posteriormente, então, o autor do Projeto de Lei 334/2023, senador Efraim Filho (União-PB), fez o mesmo apelo do relator, mas Jaques Wagner decidiu manter o pedido de vista. Assim, Efraim propôs que Angelo retirasse a modificação acatada, mantivesse o texto anterior do relatório e aprovassem este na CAE e, quando estivesse no plenário do Senado, Ciro Nogueira e quem mais quisesse apresentasse o destaque sobre a mudança feita pela Câmara. "Assim a gente faz um jogo de ganha-ganha", pontuou.

Angelo aceitou a proposta. Assim, Jaques Wagner ressaltou que não havia mais motivo para pedir vista. O relatório foi aprovado em votação simbólica, quando não há registro individual de voto.

Efraim agradeceu a "compreensão do plenário" da CAE. "É uma matéria que dialoga com a vida real das pessoas. O maior e melhor programa de transferência de renda é o emprego, presidente, é dar ao pai e mãe de família que está desempregado, ao jovem que quer buscar a primeira oportunidade um posto de trabalho, para com o suor do seu rosto poder colocar o pão na mesa da sua casa".

Ele prosseguiu: "A gente sabe que existem desafios do ponto de vista de equilíbrio fiscal, do ponto de vista técnico, orçamentário, contábil, mas o maior desafio do Brasil hoje não é arrecadar mais, é gerar emprego, oportunidades, colocar o país no rumo do desenvolvimento, resgatar empregos perdidos, e é com essa realidade que o projeto dialoga".

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