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Josival Pereira analisa relatório do TCE sobre gastos de prefeituras paraibanas com festas

De acordo com o relatório do TCE-PB, prefeituras gastaram mais de 54 milhões em festas juninas

Por Carlos Rocha Publicado em
Josival Pereira analisa relatório do TCE sobre gastos de prefeituras paraibanas com festas
Josival Pereira analisa relatório do TCE sobre gastos de prefeituras paraibanas com festas (Foto: Reprodução/ TV Tambaú)

Passado o período junino de festas, o Tribunal de Contas da Paraíba revelou que mais de 54 milhões de reais foram gastos por 130 municípios da Paraíba. Isso ocorreu mesmo com 20,70% deles enfrentando situações de calamidade pública. Josival Pereira traz detalhes sobre essa questão.

Karine: Boa noite, Josival. O Tribunal de Contas estava monitorando esses gastos desde junho, quando as festas juninas ocorreram. Agora, temos os números concretos. Como esses gastos se destacam?

Josival: Boa noite, Karine. Boa noite, Paraíba. O presidente do Tribunal de Contas, Nominando Diniz, prometeu uma auditoria abrangente um mês após as festas juninas, e ele cumpriu. Os números são chocantes e revelam uma irresponsabilidade clara dos prefeitos.

Para começar, foram gastos 54 milhões de reais, o que representa um aumento de 20,70% em relação ao ano anterior. Isso já era um gasto elevado em 2022, então, esse aumento é alarmante. Os prefeitos alegam que a receita está caindo, mas a verdade é que as despesas estão aumentando.

Karine: Quais são os outros problemas identificados?

Josival: Além do aumento nos gastos, existem outras questões preocupantes. Em 61 municípios, encontramos gastos injustificados, ou seja, os prefeitos não conseguem explicar o motivo de tais despesas. Isso levanta suspeitas e requer investigação.

Em 130 municípios, os prefeitos gastaram em situações de calamidade pública. Isso significa que, mesmo enfrentando crises financeiras, eles decidiram gastar com festas juninas.

Em 114 municípios, os gastos ultrapassaram o orçamento disponível. Os prefeitos já não tinham recursos suficientes, mas ainda assim gastaram.

E, em 117 municípios, os prefeitos não cumpriram o piso salarial dos professores. Isso indica que, além dos gastos excessivos com festas, os prefeitos não estavam priorizando a educação e outros serviços essenciais.

Karine: Como você vê essa situação?

Josival: Essa situação é alarmante e demonstra uma falta de responsabilidade dos prefeitos. Eles não podem esquecer de suas obrigações básicas, como saúde, educação e segurança, em prol de festas. A festa de São João é importante, mas não pode ser realizada às custas do funcionamento inadequado dos municípios.

Além disso, recentemente, vimos que o Hospital Universitário enfrentou problemas graves por falta de materiais essenciais. Até mesmo cirurgias eletivas tiveram que ser suspensas. Isso é inaceitável e aponta para uma má gestão de recursos.

Karine: Josival, muito obrigada pelas informações. Até amanhã e lembremos que festas são boas, mas devem ser realizadas com responsabilidade.

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