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ONU vê "porta entreaberta" para negociação com a Coreia do Norte

Tanto a ONU quanto o regime de Kim Jong-un consideraram, durante as conversas, que a situação na Península coreana é atualmente "a mais tensa e perigosa" questão de paz e segurança no mundo.

Por Redação Publicado em
ONU

O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, afirmou nessa terça-feira (12) que, após sua recente visita a Pyongyang, a capital norte-coreana, acredita que há uma "porta entreaberta" para uma saída negociada com o país. A informação é da Agência EFE.

"O tempo dirá sobre o impacto das nossas conversas, mas acredito que deixamos uma porta entreaberta. E espero firmemente que a porta para uma solução negociada se abra agora", disse Feltman.

O diplomata americano informou ao Conselho de Segurança da ONU os resultados da visita que fez a Pyongyang na última semana, o primeiro diálogo de maior profundidade entre a organização e o governo norte-coreano em quase oito anos.

Feltman disse que Pyongyang não manifestou nenhum compromisso em relação à sua vontade de negociar com a comunidade internacional, mas se mostrou favorável em continuar o diálogo com as Nações Unidas.

Para ele, as autoridades norte-coreanas ainda precisam de algum de tempo para "digerir" as conversas e discutir a questão internamente. "Nós insistimos na crença de que eles devem indicar se estão dispostos a seguir um caminho diferente", afirmou.

Feltman insinuou que o governo norte-coreano concentrou grande parte das conversações sobre a tensão com os Estados Unidos (EUA) e disse ter lembrado às autoridades do país que, no que se refere ao seu programa nuclear e de mísseis, existe um consenso internacional claro.

"A comunidade internacional está comprometida com uma solução pacífica e política para a situação" e "unida na sua oposição à pesquisa de armas nucleares" por parte da Coreia do Norte, ressaltou.

O diplomata, do ponto de vista pessoal, reconheceu que a visita ao país asiático foi, sem dúvida, a missão mais importante de sua carreira. "Senti a responsabilidade sobre os meus ombros durante o tempo em que estive ali", admitiu.

Tanto a ONU quanto o regime de Kim Jong-un consideraram, durante as conversas, que a situação na Península coreana é atualmente "a mais tensa e perigosa" questão de paz e segurança no mundo.

Ao longo dos últimos meses, Pyongyang fez repetidos testes armamentícios, desafiando as resoluções das Nações Unidas e elevando a tensão, sobretudo com os EUA.

Hoje, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou que a Coreia do Norte é "a ameaça mais imediata" para o seu país, mas manifestou a intenção de "continuar a diplomacia, com a esperança de sucesso até que caia a primeira bomba".

Com informações de Agência Brasil


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