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Jovem que estuda medicina em João Pessoa é vítima de estupro em festa no Ceará

Vítima contou sobre dias difíceis após crime e busca conscientizar outras mulheres sobre os desafios no pós-trauma

Por Carlos Rocha Publicado em
Jovem que estuda medicina em João Pessoa é vítima de estupro em festa no Ceará
Jovem que estuda medicina em João Pessoa é vítima de estupro em festa no Ceará (Foto: Governo do Ceará)

Uma estudante de medicina de 24 anos, natural de São Paulo e residente em João Pessoa, viveu momentos de horror após ser vítima de um estupro ocorrido em Fortaleza durante uma festa. O crime aconteceu no dia 16 de julho e, desde então, a jovem vem enfrentando uma luta intensa tanto emocional quanto física. Em um relato corajoso, ela detalhou os dias que se seguiram ao abuso e os desafios que enfrenta atualmente.

A jovem relatou à imprensa cearense que, após ser dopada com a substância conhecida como 'boa noite cinderela', viveu uma semana em um estado de desorientação e confusão mental, descrevendo-o como um "estado de loucura". Ela também compartilhou a dificuldade de não conseguir sorrir mais e a sensação de insegurança ao andar sozinha. Seu relato expôs uma realidade pouco discutida: os efeitos devastadores do pós-abuso.

A vítima havia viajado para Fortaleza para aproveitar uma festa e conhecer pontos turísticos da cidade. No entanto, a diversão se transformou em pesadelo quando ela foi dopada e estuprada. A jovem teve que lidar com a incredulidade e o medo, mas, após retornar a João Pessoa, ela tomou a difícil decisão de relatar o crime à polícia e passar por exames médicos.

A substância utilizada para dopá-la foi identificada como "maleato de midazolam", um forte sedativo que é frequentemente associado a casos de estupro. A estudante descreveu como sua consciência foi gradualmente se enfraquecendo até que ela perdeu a capacidade de resistir. Mesmo em seu estado de confusão, ela lembra de ter dito "não" repetidamente ao homem que a abusou.

A vítima enfatizou a importância de dar voz ao pós-abuso, ressaltando que é um período terrível que muitas vezes não recebe a devida atenção. Ela descreveu as marcas físicas e emocionais deixadas pelo trauma, incluindo ferimentos em suas mãos e pés devido à resistência contra o agressor.

A jovem também abordou o medo e a desconfiança que a perseguem, afirmando que não consegue mais sorrir como antes e evita estar sozinha. Ela compartilhou sua jornada de terapia, mas admitiu que o caminho para a cura é incerto. Sua mensagem final é de busca por justiça, bem como de conscientização e apoio a outras mulheres que enfrentam situações semelhantes.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará, e a vítima ressaltou a importância de falar sobre os desafios pós-trauma, esperando ajudar outras mulheres a entenderem que não estão sozinhas e a buscar apoio em meio a circunstâncias tão difíceis.


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