Do presídio, pai de criança morta por espancamento a proibia de ficar com a mãe biológica

A Polícia Civil investiga a morte de uma criança de apenas quatro anos que supostamente teria sido vítima de uma queda. O caso foi registrado na manhã do sábado (19), em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, após a vítima dar entrada no Hospital de Trauma.

Segundo informações da unidade de saúde, a criança foi levada pela madrasta, que alegou o acidente. Contudo, médicos identificaram marcas no corpo da vítima e a polícia suspeita de maus-tratos.

O laudo realizado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) a fim de investigar a morte, mostrou a existência de várias lesões na criança e que a causa foi traumatismo craniano após espancamento.

A madrasta foi levada para a Central de Polícia e prestou depoimento. Os médicos do hospital de trauma desconfiaram de abuso sexual também, mas o suposto abuso foi descartado. A perícia constatou que a criança tinha várias lesões que causaram choque hipovolêmico, situação grave que acontece quando se perde grande quantidade de líquidos e sangue. O choque faz com que o coração deixe de ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo. O fígado da criança chegou a romper.

O pai de Samuel é presidiário e, por conta disso, não podia ficar com a criança. A mãe biológica mora no estado de Pernambuco. A pergunta que os agentes fizeram foi: já que Samuel tinha uma mãe biológica, porque ele estava com a madrasta?

No último sábado (19), parentes da criança contaram, na central de polícia, que o pai, de dentro do presídio, determinava que o filho ficasse com uma madrasta e não com a mãe. Inclusive, segundo os parentes, o pai estaria ameaçando a mãe biológica caso não cumprisse essa ordem. A Polícia Civil também está investigando essas informações.

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