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Justiça encaminhou para doação 30 animais de granja ligada a Padre Egídio

O religioso é investigado por desvios de recursos do hospital Padre Zé

Por Carlos Rocha Publicado em
Padre Egídio durante missa, em paróquia no bairro Jardim Cidade Universitária.
Padre Egídio durante missa, em paróquia no bairro Jardim Cidade Universitária. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Justiça da Paraíba determinou a doação de aproximadamente 30 animais que estavam em uma granja no município do Conde. A propriedade é vinculada ao padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do hospital Padre Zé e principal suspeito de desviar recursos que podem chegar a R$ 140 milhões.

Os animais, entre eles cerca de 13 cachorros da raça Spitz Alemão, foram retirados do local no dia 7 de dezembro em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB) e a defesa do padre. Eles foram encaminhados para uma Organização Não Governamental (ONG) de proteção animal.

O advogado de Egídio de Carvalho, Rawlinson Ferraz, confirmou a informação ao g1 e explicou que a doação foi solicitada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) após o padre não ter mais condições de arcar com as despesas dos animais. Além disso, o ex-diretor do hospital não teria parentes na região de João Pessoa para assumir a tutoria.

Após a prisão do padre em 17 de novembro, os animais continuaram sob cuidados veterinários, mas o profissional não poderá mais manter esses cuidados. O advogado enfatizou que solicitou à Justiça que os animais não fossem considerados apenas "bens" do padre, destacando a importância de tratar a questão como a vida de seres vivos.

A granja, um dos 11 alvos da operação "Indignus", deflagrada para investigar desvios de recursos públicos do Hospital Padre Zé, apresentava diversos artigos de luxo, incluindo móveis, eletrodomésticos e canil de cães de raças diversas.

A Polícia Civil também investiga uma denúncia de arrombamento na granja, ocorrida em 11 de novembro, em meio às investigações que pesam contra o padre. O caso está sendo apurado pelo delegado Hugo Hélder, da Delegacia Seccional de Alhandra.

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