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Padre Egídio fez empréstimos de R$ 13 milhões e deixou Hospital Padre Zé afundado em dívidas

Na manhã desta terça-feira (10), Arquidiocese e nova gestão fizeram um pronunciamento em João Pessoa

Por Juliana Alves Publicado em
Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Hospital Padre Zé, em João Pessoa. (Foto: Juliana Alves/Portal T5)

Alvo de investigações por corrupção, o Hospital Padre Zé, em João Pessoa, acumula uma dívida de R$ 3 milhões. O débito foi deixado pela ex-direção da unidade, que era presidida pelo padre Egídio de Carvalho, investigado por envolvimento em um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10), a Arquidiocese da Paraíba pediu ajuda para “salvar o hospital”.

De acordo com o padre George Batista, novo diretor do Hospital Padre Zé, o montante em dívida é referente a pagamentos não realizados a fornecedores e compra de medicamentos. Parte do valor está sendo quitada com verbas do Sistema único de Saúde (SUS), que destina todos os meses cerca de R$ 900 mil à instituição.

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Conforme a direção, o gasto mensal para a manutenção do Hospital Padre Zé é de R$ 1,3 milhão. Esse valor inclui a folha de pagamento do quadro de funcionários da unidade, que mantém 195 colaboradores. Segundo a nova gestão, todos os salários estão sendo pagos normalmente.

Apesar da dívida milionária, foram identificados dois empréstimos feitos pelo padre Egídio enquanto estava à frente do hospital, que somam R$ 13 milhões. “Onde está esse dinheiro?” questionou o padre George enquanto apresentava as dívidas do Hospital Padre Zé.

A defesa de Padre Egídio, o advogado Sheyner Asfóra, disse que não tinha nada para comentar, pois não assistiu à coletiva.

Operação Indignus

Os investigados na Operação Indignus, que apura desvios de recursos no hospital, fizeram uso dos movimentos sociais para enriquecimento pessoal, afirma o promotor de Justiça, Octávio Paulo Neto. A ação coordenada pelo Gaeco/MPPB (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba) aconteceu no dia 5 de outubro, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Conde e João Pessoa, bem como, na cidade de São Paulo.

Além do padre Egídio de Carvalho, outras duas pessoas são investigadas. O nome delas não foi informado. Até o momento, segundo a polícia, há indícios de confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade de pessoas jurídicas com um dos investigados.

De acordo com o Gaeco, um dos alvos da operação possui vários imóveis adquiridos, aparentemente, de forma ilícita e quase todos de elevado padrão.

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