Ônibus incendiado: motivação de atentado é mantida em sigilo; entenda

(Foto: Pollyana Sorrentino / RTC)

Um dos executores do incêndio criminoso a um ônibus em João Pessoa, no dia 18 de julho, foi assassinado. A informação foi detalhada em em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (23), pelas Forças de Segurança do estado da Paraíba. Aos jornalistas, as autoridades comentaram o andamento das investigações e o motivo da manutenção de sigilo sobre a motivação do crime.

De acordo com Maíra Araújo, delegada da Polícia Civil, "esta pessoa foi assassinada no começo, após o fato". Ela pontuou que a morte decorre de conflitos da facção criminosa qual o indivíduo fazia parte. "Este rapaz que foi morto foi um dos que entrou no coletivo", disse.

Ao todo, a polícia identificou que oito pessoas participaram do crime. São três mandantes e cinco executores. Dos executores, além do que foi morto, há dois foram presos, um tem mandado de prisão expedido e o quinto ainda está sob investigação. O Portal T5 apura detalhes sobre os mandantes.

Questionado sobre as motivações para o ataque, o coronel Sérgio Fonseca, comandante da Polícia Militar do Estado da Paraíba, informou que “o motivo nem é interessante ser revelado para não atrapalhar as investigações”. Ele afirmou que, no intuito de garantir a segurança dos moradores, mais de 60 pessoas foram detidas em Bayeux - cidade onde aconteceram prisões - em operações recentes. Isto rendeu a apreensão de 20 armas e mais de 500 punições.

Segundo Cristiane Machado, Superintendente da Polícia Federal na Paraíba, crimes praticados por organizações criminosas serão reprimidos no estado. Quatro suspeitos de envolvimento no crime foram presos hoje. As prisões aconteceram durante uma força-tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública da Paraíba (FT-Susp/PB). Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão. A ação aconteceu no bairro Cruz das Armas, em João Pessoa, e no município de Bayeux, nos bairros Mário Andreazza e Jardim Aeroporto.

De acordo com a Polícia Federal, após a prisão de um dos suspeitos de participar do incêndio ao ônibus, no último dia 30 de julho, as investigações sobre o crime foram aprofundadas. O trabalho investigativo resultou na identificação de três executores diretos, sendo dois que entraram no ônibus e um que deu apoio, além dos dois mandantes do crime.

O ataque aconteceu por volta das 21h do último dia 18. Um ônibus foi completamente destruído após ser incendiado por criminosos, que utilizaram coquetéis molotov. A abordagem dos bandidos ao coletivo ocorreu no cruzamento das avenidas Mandacaru e Francisco Moura.

Motorista não resistiu