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Diretas Já: há 40 anos grandes atos aconteciam na Paraíba

Período de esgotamento da ditadura dava força que impulsionou processo de redemocratização

Por Juliana Alves Publicado em
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(Foto / Reprodução: Senado Federal)

Há quatro décadas, o Brasil dava o primeiro passo da maior mobilização popular da história do país, as Diretas Já. Em 2 de março de 1983, a proposta para restaurar as eleições diretas para a Presidência conseguiu a quantidade suficiente de assinaturas para ser apresentada ao Congresso. O período era de esgotamento da ditadura militar, e o movimento foi a força que impulsionou o processo de redemocratização no Brasil.

“Definitivamente, voltamos às ruas para manifestar nosso desejo pelo fim da ditadura e os males econômicos, sociais e, principalmente, políticos a que estávamos submetidos. O povo voltava a ser protagonista político”, relembra o professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Romero Antônio, 67 anos.

Na época em que a ‘Campanha das Diretas Já’ começou a ganhar força entre a população, Romero integrava o movimento estudantil e partidos políticos que estiveram à frente da mobilização na Paraíba. Ao Portal T5, ele lembrou da luta pela democracia no estado, em comitês pró-diretas e entidades pela anistia.

“Pelo menos três grandes atos foram realizados com a contribuição decisiva dos movimentos sociais e políticos, sendo o maior deles ocorrido na Lagoa [em João Pessoa] com a presença de Ulisses Guimarães, Brizola e Lula”.

Durante o período que separa o início das Diretas Já e as últimas eleições no Brasil, Romero avalia que a democracia no Brasil sofreu um “golpe violento”. Para ele, as ameaças ao governo do povo aconteceram nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro e impactaram "desastrosamente" a vida social e econômica da população.

Passados 40 anos, a democracia tem passado por adversidades. No dia 8 de janeiro deste ano, ataques às sedes dos Três Poderes por extremistas de direita provocaram ameaças à estabilidade da democracia no Brasil e foram pauta nas mídias nacionais e internacionais. Desde então, os responsáveis por financiar ou incitar a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) são investigados.

Pelo menos cinco paraibanos são alvos de apuração: a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP), o ex-candidato ao Governo da Paraíba Nilvan Ferreira (PL), o deputado federal Cabo Gilberto (PL), o deputado estadual Walber Virgolino (PL) e a suplente de deputada federal Pâmela Bório (PSC).

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