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Policial acusado de matar jovem em pizzaria pode ir a júri popular

Crime ocorreu em 2018 e a primeira audiência de instrução aconteceu na tarde desta quarta-feira (25)

Por Carlos Rocha Publicado em
Acusado de matar jovem em pizzaria no Bessa pode ir a júri popular
Acusado de matar jovem em pizzaria no Bessa pode ir a júri popular (Foto: Verinho Paparazzo/ RTC)

A primeira audiência de instrução do caso em que um jovem foi morto a tiros quando estava chegando em uma pizzaria na região do Bessa, em João Pessoa, aconteceu na tarde desta quarta-feira (25). A vítima do crime foi Fausto Targino de Moura Júnior, de 25 anos, um dos funcionários que comemorariam o fim de mais um ano e o aniversário do chefe.

O crime ocorreu em dezembro de 2018, deixou um morto, um ferido e ganhou muita repercussão. As vítimas estavam chegando ao estabelecimento onde aconteceria uma confraternização entre colegas de uma empresa de manutenção de celulares. O suspeito é um policial militar que estava no estabelecimento.

Testemunhas e acusado foram ouvidos e quem acompanhou tudo de perto foi o advogado criminalista Renan Palmeira da Nóbrega, que é assistente de acusação.

"Primeiramente foi ouvida a vítima que sobreviveu, depois as testemunhas aroladas e, por fim, o réu. Houve as alegações orais tanto da acusação quanto da defesa. Apresentamos o pedido de pronuncia, já a defesa requereu em pronunciado informando que não haveria os elementos para mandá-lo para a júri popular", disse.

Apesar disso, o advogado de acusação está otimista com o andamento do processo e a primeira audiência de instrução.

"Eu estou bastante animado com relação à audiência de hoje. Acredito piamente que vai haver a pronúncia do Réu, que ele vai a júri popular, visto o conjunto probatório que foi produzido hoje. Não estou discutindo a questão de mérito, mas os elementos para que eles ajudem a calcular quaisquer seja a materialidade do crime e indícios de autoria. A materialidade existe, uma pessoa que estava presente e que foi alvejada. O próprio policial informou que desferiu os tiros contra Fausto, que morreu, e na outra vítima. Nisso a autoria de materialidade ficou comprovada", explicou.

O advogado explicou ainda que não há um prazo pré-definido para que a juiza dê parecer aos autos apresentados na audiência de instrução, mas estima que em 45 dias deve haver novidades em relação ao caso.

O caso

Dois homens foram baleados no início da noite de 12 de dezembro de 2018, ao chegarem a uma pizzaria, no bairro Jardim Oceania, Zona Norte de João Pessoa. No local aconteceria uma confraternização entre colegas de uma empresa de manutenção de celulares.

De acordo com informações da Base da Polícia Militar do Hospital de Emergência e Trauma, um dos funcionários chegou de moto e parou em frente ao estabelecimento. E em seguida, um carro chegou trazendo o restante dos participantes da confraternização. Nesse momento, o motociclista foi até o carro para falar com os colegas e os tiros começaram.

Os tiros teriam partido da pizzaria, onde o policial costumava fica, e atingiram o motociclista e o motorista de aplicativo que tinha ido levar o grupo até o local. Houve uma grande correria e o autor dos disparos acabou fugindo após a ação. As vítimas foram socorridas em carro particular.

Eles foram atingidos no tórax e nas costas e deram entrada na ala vermelha do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.


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