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Jovem baleado diz que sargento atirou após perceber que ele gravava confusão

“Sacou a arma, deu um disparo. Não sei onde pegou. No segundo, acertou meu abdômen”, exclamou.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Vítima explicou o que aconteceu até o disparo
Vítima explicou o que aconteceu até o disparo (Imagem: Reprodução / TV Tambaú)

O jovem baleado por um sargento da Polícia Militar no bairro do Geisel, em João Pessoa, pediu para que o autor do disparo seja preso. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem do programa o Povo na TV, da TV Tambaú, a vítima – que segue em recuperação no hospital de Emergência e Trauma da capital, pediu justiça na manhã desta segunda-feira (12).

O caso foi registrado na noite de sexta-feira (9), após suposta discussão motivada por barulho e aglomeração em uma praça pública. O servidor da segurança pública, que é morador da região, estava incomodado e acionou uma guarnição da PM para resolver a situação.

Contudo, o sargento foi flagrado atirando pelo menos duas vezes durante o desentendimento. “Quando a viatura chegou, vieram dois policiais. Foi quando ele saiu [de casa]. Já saiu alterado, gritando com todo mundo, indo pra cima de todo mundo. Não foi só em mim. Todo mundo que estava jogando dominó, conversando, enfim. Até o momento que ele percebeu que eu gravava. Aí sacou a arma, deu um disparo. Não sei onde pegou. O segundo, acertou meu abdômen”, exclamou.

“Na minha concepção era pra ele estar preso já, né. Tentativa de homicídio. Um homem daquele estar armado, tem nem lógica. Acredito eu que ele tenha denunciado o possível barulho, perturbação da ordem, não sei”, disse o jovem. “Espero que que ele seja encontrado e preso. No mínimo é o que é pra acontecer com ele”, finalizou.

Sargento liberado

O sargento da Polícia Militar (PM), suspeito de atirar contra um jovem de 26 anos na última sexta-feira (9), foi ouvido pela polícia e deve responder a denúncia de violência policial em liberdade. O servidor público que atua no Ciop (Centro Integrado de Operações Policiais) foi considerado foragido e se apresentou à delegacia 24 horas depois após o ocorrido.

De acordo com o corregedor-geral da PM da Paraíba, coronel Severino do Ramo Gerônimo, um relatório será enviado recomendando o afastamento do policial das atividades durante as investigações. A corporação ainda deve propor avaliação psicológica antes do retorno do servidor ao trabalho.


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