TV Tambaú
Jovem Pan
Nova Brasil Maceió
º
Rio-Niterói

Governador do Rio pede promoção dos policiais que participaram da morte do sequestrador do ônibus

'Se não tivesse sido batido, muitas vidas não teriam sido poupadas', disse Witzel sobre o sequestrador

Por Redação Publicado em
14237942 high

DIEGO GARCIA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O governador do Rio de Janeiro, Wilton Witzel (PSC), 51, afirmou que pediu a promoção dos policiais militares que participaram da morte do sequestrador de um ônibus com passageiros na ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20).

+ Atirador de elite mata sequestrador que fazia passageiros de ônibus reféns na ponte Rio-Niterói

"Já determinei a promoção dos atiradores por bravura. Eram vários, para ter vários ângulos. Foi uma ação que mostra quanto nossa polícia militar é preparada para preservar vidas", disse Witzel, que compareceu ao local do sequestro.

+ Repórter agredido com soco ao vivo terá que fazer cirurgia

"Se não tivesse sido abatido esse criminoso muitas vidas não teriam sido poupadas. Se a polícia puder fazer o trabalho dela e abater quem está de fuzil tantas outras vidas vão ser poupadas", declarou.

+ Por que muita gente não sai bem em fotos 3x4? Profissional explica

O governador falou que teve contato com os parentes do sequestrador, ainda não identificado. "Foi uma pessoa que tem transtorno, a família já me disse alguma coisa, tem problema mental, vamos aprofundar a causa. Peço desculpas à sociedade pelo transtorno. Um dos familiares pediu desculpas, pediu desculpas aos reféns, a mãe está muito abalada, vamos cuidar da família dele para entender esse problema. Estamos acompanhando a família dos reféns e da pessoa que foi a óbito agora", afirmou Witzel.

+ Filho vela a mãe sozinho e emociona internautas

O governador aproveitou o momento para defender a ação da polícia militar. "Foi uma ação que mostra quanto nossa polícia militar é preparada para preservar vidas. O crime organizado mata pessoas inocentes e querem colocar a culpa na polícia. A PM tem preparação, vai continuar agindo com rigor. Deixei a polícia agir e em momento algum impedi que a polícia agisse", apontou Wilson Witzel.

+ Juliana Paes encarna Bibi Perigosa em cena de 'A Dona do Pedaço', brincam internautas

"Muitas vezes, uma parcela da sociedade, partidos de oposição, estão mentirosamente dizendo que polícia está matando favelados. Polícia identifica e mata quem está prejudicando a população, erros são estudados para que não aconteçam mais, foi um caso importante para fazermos nosso registro", continuou.

No mês de agosto, o Rio de Janeiro registrou diversas mortes durante ações policiais. No dia 13, por exemplo, a adolescente Margareth Teixeira, 17, ia para a igreja com o filho de um ano e dez meses no colo quando ambos foram atingidos, durante operação da PM na favela do Quarenta e Oito, em Bangu. 

Na ocasião, foi pelo menos a quarta jovem morta durante a intervenção, somada a Dyogo Costa, 16, Gabriel Pereira Alves, 18, e Henrico de Menezes Júnior, 20, também mortos em comunidades fluminenses nos últimos cinco dias. Houve ainda no mínimo outras oito pessoas mortas e seis feridas, incluindo dois policiais, em operações até o dia 13.

Os policiais ainda não sabem as motivações do sequestrador. De acordo com o governador Wilson Witzel, ele aparentava estar defendendo uma causa própria. "Ele pediu uma ambulância, fez pedidos como se estivesse defendendo alguma causa, não vamos saber jamais, nem dava para saber. É um estudo de caso importante que temos que ter para evitar novos casos. Temos que tirar lições desse caso para aperfeiçoar, passar para empresas de ônibus como podem se proteger e fazer um comparativo", declarou o governador.

"Quero agradecer a Deus por essa solução que infelizmente não era a melhor possível, ideal era que todos saíssem com vida, mas tivemos que tomar a decisão de salvar os reféns. Rapidamente solucionar o problema, foi um trabalho muito técnico da polícia militar, fiquei monitorando para fazer meu trabalho como governador", acrescentou Witzel.

ENTENDA O SEQUESTRO
O sequestro começou por volta das 5h30 desta terça. Armado, o homem ordenou que o motorista da Viação Galo Branco estacionasse o veículo atravessado na ponte.
O ônibus faz parte da linha 2520, que sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção ao Estácio, na região Central do Rio.
Mauro Fliess, porta-voz da PM, disse que há indícios de que a ação foi premeditada. "Ele porta instrumento para fazer coquetel molotov e imobilizar as vítimas. Estamos trabalhando para termos um final satisfatório", afirmou.
Um grande congestionamento se formou no acesso da via. No Twitter, a Ecoponte, concessionária da ponte Rio-Niterói, recomenda o uso de barcas para fazer a travessia no sentido Rio. Não há alternativa viária para fazer o trajeto.
De acordo com a PM, o sequestrador do ônibus estava armado com uma pistola falsa, uma faca, um taser (eletrochoque) e também ameaçou atear fogo no veículo com um galão de gasolina.
Ao longo da negociação encabeçada por policiais rodoviários e do Batalhão de Choque, o suspeito libertou seis reféns: quatro homens e duas mulheres. Segundo a polícia, todos os passageiros libertados passam bem e ao menos 31 pessoas (incluindo o motorista) estavam dentro do ônibus antes de o sequestrador ser morto.


Relacionadas