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Memes ganham as redes sociais durante eleições e eleitor deve ficar alerta

Especialista em estudos da mídia explica que eleitores precisam ser fiscais do que seus candidatos compartilham

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Memes são instrumentos podem ganhar as redes com informações erradas ou fora de contexto.
Memes são instrumentos podem ganhar as redes com informações erradas ou fora de contexto. (Foto: Freepik)

Linguagem fácil, leitura rápida, montagens simples e vídeos curtos. Na internet, algo que é compartilhado diversas vezes em um pequeno espaço de tempo logo é chamado de 'meme', nome dado às fotos, aos vídeos e áudios que viralizam por serem curiosos ou, na maioria das vezes, engraçados. Assunto do momento nas redes sociais e nas rodas de conversa, as eleições não ficam de fora dessa estratégia de comunicação.

Equipes de campanhas e eleitores mais ávidos têm buscado promover os seus candidatos e atrair votos com mensagens políticas com alto poder de viralização, porém, muitas vezes falsas.

Na tentativa de atacar os opositores, os memes podem ganhar as redes com informações erradas ou fora de contexto. De acordo com o doutorando em estudos da mídia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ramon Nascimento, a publicação falsa em forma de meme é mais difícil de se combater do que as inverdades disfarçadas de matérias jornalísticas de sites duvidosos.

"A velocidade da desinformação é muito maior do que a da informação correta. O que podemos perceber hoje em dia é que os posts com piadas e brincadeiras, mesmo que pejorativos, tendem a passar por menos desconfiança do que links de reportagens, ou seja, o eleitor checa mais a veracidade da matéria do que do meme", disse o especialista.

Segundo ele, há ainda uma grande tendência do eleitorado a acreditar mais no viral que eleva as qualidades do seu candidato e a desacreditar do que seja negativo.

"O ideal é que o usuário da internet se questione com tudo o que recebe nas redes sociais, principalmente antes de compartilhar com outras pessoas", orientou.

Apesar de envolver pessoas que concorrem a cargos públicos, as fake news durante as eleições podem levar o eleitor a responder criminalmente pelo que é publicado nas redes sociais.

Mesmo que não sejam os criadores do conteúdo, ao fazer um compartilhamento no mundo virtual, o usuário pode ser acusado por crimes reais, como calúnia e difamação.

"Independente de apoiar o lado A ou B, uma campanha política precisa ser pautada pela verdade. O eleitor precisa ser fiscal dessas narrativas e exigir que o discurso de quem levará seu voto seja baseado em fatos verídicos. Isso, inclusive, deve ser um dos requisitos", concluiu.


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>> Daniel Lustosa é jornalista da Rede Tambaú de Comunicação, na TV Tambaú.
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