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45% das mortes ocorrem no verão

Novos casos de afogamento mobilizam bombeiros na PB; país registra 15 mortes por dia

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático revelam que o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia

Por Carlos Rocha Publicado em
Bombeiros fazem buscas em pelo menos três praias do Litoral Sul
Bombeiros fazem buscas em pelo menos três praias do Litoral Sul (Foto: Michel Andrade/RTC)

Nesta quarta-feira (24), o Corpo de Bombeiros da Paraíba foi mobilizado para mais dois casos de afogamento, destacando a necessidade de atenção e prevenção em áreas aquáticas. Um dos incidentes ocorreu no município de Pitimbu, onde um homem de 60 anos foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa após ser resgatado por uma ambulância do SAMU. O paciente passou por procedimentos médicos de emergência e está sob observação da cirurgia geral, mantendo um quadro clínico estável.

O segundo caso envolveu um homem que se afogou após ingerir bebida alcoólica e entrar no mar na Praia da Penha, em João Pessoa. Assim como o primeiro caso, ele foi socorrido para o Hospital de Trauma e seu estado é considerado estável.

Esses incidentes ocorrem após dois casos de morte afogamento na última segunda-feira (22), envolvendo uma menina de sete anos e uma idosa de 67, em João Pessoa e no município de Conde, respectivamente.

Cenário Nacional de Afogamentos em Foco

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático revelam que o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia, totalizando aproximadamente 5.475 óbitos anuais. Homens são mais afetados, com uma média de 6,4 vezes mais mortes do que mulheres. A faixa etária mais vulnerável é antes dos 29 anos, representando 45% das mortes por afogamento.

O levantamento também aponta que, diariamente, uma criança morre afogada em casa, sendo que 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em residências. O verão, de dezembro a março, concentra 45% dos casos, ressaltando a importância da atenção redobrada nesse período.

A mortalidade por afogamento teve uma redução de 47% em 26 anos (1995-2021), indicando avanços na luta contra essa endemia. Entretanto, os dados ressaltam a necessidade contínua de conscientização, principalmente em áreas sem a presença de guardavidas.

É importante ressaltar que a prática de atividades aquáticas deve ser realizada com responsabilidade e respeito aos limites individuais, visando a segurança de todos. A atuação eficaz de guardavidas e a conscientização sobre os riscos são essenciais para a prevenção de tragédias.

  • Taxa de Mortalidade por Afogamento:A cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado.
  • Disparidade entre Gêneros:Homens morrem em média 6,4 vezes mais por afogamento do que mulheres.
  • Idade e Riscos:45% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos.Quatro crianças morrem afogadas diariamente.Adolescentes enfrentam o maior risco de morte.
  • Local das Ocorrências:70% dos óbitos acontecem em rios e represas.Diariamente, uma criança morre afogada em casa.Crianças menores de 9 anos se afogam mais em piscinas e residências.Crianças acima de 10 anos e adultos se afogam mais em águas naturais (rios, represas e praias).55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em residências.
  • Circunstâncias Específicas:Crianças de 4 a 12 anos que sabem nadar se afogam mais pela sucção da bomba em piscinas.45% das mortes ocorrem no verão (de dezembro a março).
  • Mortalidade entre Turistas:A cada 3 dias, um turista morre por afogamento no Brasil.
  • Comparação de Riscos:Considerando o tempo de exposição, o afogamento tem 200 vezes mais risco de óbito que os incidentes de transporte.

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