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Baixas taxas de vacinação em crianças já têm consequências, diz pediatra

“Comportamento temeroso das famílias” reflete diretamente no aumento da ocupação de leitos infantis em hospitais

Por Juliana Alves Publicado em
Vacinação infantil tem a maior queda contínua dos últimos 30 anos, diz OMS
Vacinação infantil tem a maior queda contínua dos últimos 30 anos, diz OMS (Foto: Reprodução)

O baixo índice de procura de vacinas para crianças já tem consequências preocupantes. A falta de imunização no público infantil, conforme especialistas, reflete diretamente na ocupação de leitos de enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na alta demanda em consultórios pediátricos.

A presidente da Associação Paraibana de Pediatria, Socorro Martins, participou do Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan João Pessoa, e explicou os riscos da baixa cobertura vacinal em crianças e do “comportamento temeroso das famílias” sobre os imunizantes.

“As doenças ressurgiram porque, quando se passam coberturas vacinais, aquele vírus e bactéria que estavam controlados voltam a circular com força, correndo um risco de sofrerem mutações. Esse temor, que não tem fundamentação, já tem uma repercussão direta”, ressaltou a médica.

Ouça a entrevista completa:

Hepatite misteriosa na Paraíba

Nesta segunda-feira (23), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que está investigando o primeiro caso suspeito de hepatite aguda de origem desconhecida. Trata-se de uma criança de 7 anos, que está internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa.

De acordo com Socorro Martins, a doença que está sendo investigada tem um “desfecho clínico muito desfavorável'', quando comparada a outros tipos de hepatites. “Uma letalidade alta, com complicações, levando muitas vezes as crianças necessitam de transplante de fígado”, afirmou a médica.

A pediatra explicou ainda que os casos de hepatite de origem misteriosa não têm associação com a vacina contra o novo coronavírus. “A grande maioria das crianças que apresentaram essa hepatite fulminante, não tinham sido vacinadas - muitas não tinham nem idade para receber essa vacina [contra a Covid]. Não tem nenhuma relação, já está comprovado”, frisou ela.

Sintomas

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas).

Assim, segundo a pediatra, os pais devem ficar atentos aos sintomas em crianças e procurar atendimento médico.

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