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Polícia vai investigar vazamento de áudio de menino que confessou matar família na PB

O crime aconteceu no último sábado (19), na cidade de Patos, Sertão da Paraíba

Por Carlos Rocha Publicado em
Polícia vai investigar vazamento de áudio de menino que confessou matar família na PB
Polícia vai investigar vazamento de áudio de menino que confessou matar família na PB (Foto: Walla Santos)

A Polícia Civil da Paraíba vai abrir um inquérito para investigar as circunstâncias que levaram ao vazamento de um áudio contendo o depoimento do menino de 13 anos que confessou ter matado a tiros a mãe e o irmão caçula, além de ter ferido o pai, que é policial militar. O caso aconteceu no último sábado (19), na cidade de Patos, Sertão da Paraíba.

No material, que contém seis minutos e meio, há declarações da criança durante o seu depoimento. Nesta segunda-feira (21) o áudio foi amplamente compartilhado nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens.

A Polícia Civil

O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, informou que é necessário "aprender com os erros" e evitar que esses se repitam. Ele admitiu que houve um erro "não doloso" por parte do delegado do caso, Renato Leite. Rabelo explicou que o próprio delegado já admitiu que houve um erro da parte dele. Que, ao enviar algumas informações, enviou junto, por engano, o áudio com as declarações do menino.

"Houve uma falha. O próprio delegado ficou surpreso e reconheceu o erro", disse o delegado-geral. Ele afirmou que a corregedoria está com o caso.

André Rabelo comentou que o erro não pode minimizar o trabalho célere da Polícia Civil de Patos. "Foi um trabalho cauteloso muito bem sucedido. Esse erro não pode macular o papel que o delegado Renato Leite desempenhou no caso".

O Estatuto

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o simples ato de compartilhar nas redes sociais qualquer conteúdo que identifique uma criança ou adolescente que tenha cometido algum crime pode gerar uma multa de mais de R$ 15 mil.

A multa está regulamentada no artigo 247 do ECA, que criminaliza quem expor nome, apelido, endereço ou imagens de crianças ou adolescentes infratores. Ou seja, qualquer coisa que os identifique. A punição mínima é de 3 salários mínimos e, a máxima, de 20 salários, valor que chega a R$ 15.760.


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