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Contra a covid-19

Gestantes devem tomar 2ª dose da AstraZeneca após puerpério, orienta Saúde

A recomendação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde

Por Juliana Alves Publicado em
AstraZeneca tem intervalo de aplicação de 90 dias.
AstraZeneca tem intervalo de aplicação de 90 dias. (Foto: Divulgação/SES)

As gestantes que receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca devem receber a segunda dose somente após o puerpério (45 dias após o parto), conforme orienta a Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba. A recomendação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

O secretário executivo da Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, explica que a decisão é temporária, enquanto se esclarece um eventual risco de associação do fenômeno, que eles estão chamando de embólico, com o uso do imunizante.

No início do mês de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão temporária do uso da vacina Astrazeneca em gestantes e puérperas, após um evento adverso grave ocorrer no Rio de Janeiro.

“Esse período de gravidez e puerpério já apresenta riscos próprios de fenômenos embólicos. Então, como medida de segurança, a aplicação da vacina Astrazeneca para esta população ocorrerá no momento em que esses riscos de trombose e de embolias seja menor, ou seja, no término do período do puerpério”, esclarece Beltrammi.

Sobre o tempo de intervalo entre uma dose e outra, o secretário pontua que é possível observar nas evidências científicas que distâncias entre doses têm ajudado a aumentar a capacidade de formar imunidade, desde que não seja grande, superior a um ano. Por isso não há a necessidade de substituir o esquema vacinal já iniciado com outra vacina. Ele reforça que é importante compreender que as gestantes que tomaram a primeira dose da Astrazeneca terão o esquema vacinal concluído 45 após o nascimento de seus filhos. Até o dia 19 de maio, a Paraíba registrou um total de 1.125 grávidas e puérperas com aplicação da primeira dose do imunizante em questão.

Além dessa orientação, a Nota Informativa também recomenda que gestantes e puérperas com comorbidade devem continuar a vacinação com os imunizantes que não contenham vetor viral, ou seja as vacinas da Pfizer e da Coronavac. Já para as que não possuem fatores de risco, a vacinação segue suspensa. “Isto ocorrerá até que o evento adverso grave possa ser esclarecido por parte do Ministério da Saúde. A vacinação dessa população deverá ser condicionada à prescrição médica após avaliação individualizada de risco benefício”, completa.



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