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Neurocientista dá dicas de jogos para estimular o cérebro

A seguir, veja dicas de atividades da neurocientista, que destaca os pontos positivos e negativos de cada uma delas

Por Carlos Rocha Publicado em
Neurocientista dá dicas de jogos para estimular o cérebro
Neurocientista dá dicas de jogos para estimular o cérebro (Foto: Reprodução)

Analógicos ou digitais, esses estímulos exigem energia da mente para leitura, compreensão e assimilação das informações, explica a bióloga e neurocientista Lívia Ciacci, palestrante do Método Supera, de ginástica para o cérebro.

A seguir, veja dicas de atividades da neurocientista, que destaca os pontos positivos e negativos de cada uma delas.

Palavras cruzadas

Tem diferentes níveis de dificuldade e pode ser encontrado em revistas nas bancas de jornal, na internet e nos aplicativos de celular. Promove um treino de linguagem interessante para estimular o vocabulário e a memória em todas as fases da vida. Com a idade, temos a tendência de perder a habilidade de fluência verbal, então todo exercício de linguagem é bem-vindo para manter o cérebro afiado. No entanto, tem limitações quanto ao efeito de estímulo da capacidade cognitiva, principalmente se a pessoa ficar estagnada em um nível de dificuldade fácil. Também pode ser difícil se a pessoa já tem algum grau de demência.

Desde o primeiro contato com as regras até vencer uma partida, o aprendizado do jogo requer o envolvimento de funções cognitivas complexas, como memória de trabalho, visão espacial, raciocínio abstrato, controle inibitório, planejamento e tomada de decisão. O reforço dessas funções por meio do aprendizado de xadrez vai impactar positivamente em muitas outras atividades diárias que utilizam essas mesmas regiões do cérebro. O ponto negativo é que, por ser um jogo cheio de regras, com diversas peças caracterizadas por movimentos diferentes, o aprendizado depende de dedicação e foco. Tal aprendizado será mais eficaz se houver um professor ou mediador experiente auxiliando.

LEITURA

Ser alfabetizado e ler significa construir um circuito novo no cérebro, apto a integrar diversas informações sensoriais para dar significado às palavras. Ter o hábito de fazer leituras em profundidade -livros em papel, textos com vocabulários ricos- fortalece a capacidade de pensar e torna a pessoa cada vez mais apta a aprender e se desenvolver. Quando for ler um texto publicado na internet, fique atento às fontes e à veracidade das informações para não ser vítima de fake news. Procurar assuntos do seu DANASinteresse e autores que incentivem o pensamento crítico.

ABACO

É um instrumento milenar utilizado para fazer contas. Ajuda a desenvolver agilidade de raciocínio por meio de cálculos matemáticos visuais, e não apenas abstratos como na matemática convencional. O treino com o ábaco promove alterações de plasticidade no cérebro que aumentam a eficiência do processamento de informações em regiões relacionadas visual-espaciais, que consequentemente ampliam o desempenho de diversas outras redes neuronais integradas. É preciso ser persistente para não desistir no primeiro obstáculo e treinar para desvendar o ábaco de forma gradual e assertiva.

Redes sociais

São boas para acompanhar a rotina de familiar e amigos, principalmente os que vivem longe. Também é possível acompanhar causas e se envolver em debates interessantes, estimulando o conhecimento. No entanto, é preciso tomar cuidado com informações falsas propagadas nas redes sociais que, além de desinformar, podem gerar medo e ansiedade. A dinâmica de vídeos curtos e rápidos, por exemplo, coloca o cérebro em constante estado de alerta. Acompanhar o dia a dia de celebridades que parecem levar uma vida perfeita também pode gerar comparações e gatilhos emocionais.

Ginástica para o cérebro

É uma metodologia que organiza os pontos positivos de jogos e atividades que estimulam o cérebro, promovendo práticas em grupo. Os princípios de novidade, variedade e grau de desafio crescente, somados às competências socioemocionais, estimulam as funções cerebrais. Por ser um curso pago, é preciso organizar a agenda para não faltar às aulas.



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