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Pobreza extrema no Brasil chega ao menor patamar registrado nos últimos 40 anos

Um dos motivos apontados por especialistas para a redução da pobreza no país foi o Auxílio Brasil.

Por Gracielle Araujo Publicado em
Dados são do último levantamento divulgado pelo Banco Mundial.
Dados são do último levantamento divulgado pelo Banco Mundial. (Foto: Divulgação)

Os problemas ocasionados pela pandemia da Covid-19 geraram desconforto em vários setores da sociedade. A grave crise sanitária que deixou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo, também resultou em problemas econômicos que seguem atormentando a vida, sobretudo, das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em situação de extrema pobreza, ou seja, essas pessoas têm uma renda média inferior a US$ 1,90 por dia. Durante o período da pandemia, mais de 130 milhões de pessoas foram empurradas e ultrapassaram a linha da pobreza extrema.

Existem várias maneiras de reduzir a pobreza extrema, mas uma das mais eficazes é aumentar os programas sociais e a transferência de renda. Ao fazer isso, é fornecida uma resposta rápida e uma rede de segurança para aqueles que estão lutando para colocar alimentos na mesa. Quando é feita uma projeção a médio e longo prazo, a solução mais viável é investir em acesso à educação e saúde de qualidade, sobretudo nas primeiras fases da infância.

De acordo com o último levantamento divulgado pelo Banco Mundial, o percentual registrado de pobreza extrema no Brasil é o menor já obtido pelo país nos últimos 40 anos, quando foi iniciado o acompanhamento, em 1981. Segundo o relatório, 1,97% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, porcentagem que era de 4,7% em 2016. Esses avanços permitiram ao Brasil o reconhecimento de país da América Latina que mais avançou na luta contra a pobreza extrema

Um dos motivos apontados por especialistas para a redução da pobreza no país foi o Auxílio Brasil. No entanto, há a preocupação de que os efeitos não sejam tão duradouros como o desejado, uma vez que são necessárias combinações eficientes com políticas sociais distintas para sustentar a redução da pobreza extrema no país.

Durante o período da pandemia, muitos brasileiros que trabalhavam, sobretudo no setor de comércio e eventos, tiveram dificuldades para estabelecer uma renda mensal e pagar as contas. Isso porque, devido ao distanciamento social adotado para reduzir a curva de contaminação do vírus, muitos setores de serviços e do comércio ficaram impedidos de trabalhar.

Com esse fenômeno, algumas famílias precisaram recorrer, não só para o Auxílio Emergencial, mas também para a obtenção de crédito através de empréstimo pessoal. Desta forma, o solicitante tinha um acesso rápido ao dinheiro que servia para pagar as contas e emergências durante o período que acumulava incertezas em todo o mundo.

Programas sociais

São muitas as causas identificadas que geram pobreza extrema em uma sociedade, no entanto, um dos motivos mais comuns é a falta de programas sociais que possibilitem uma transferência de renda eficiente entre as camadas sociais. Para surtir efeito positivo e reduzir a desigualdade social, os programas financiados pelo governo precisam fornecer assistência a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade. A transferência de renda ocorre quando o governo utiliza parte do valor recebido de impostos e faz pagamentos em dinheiro para famílias que enfrentam dificuldades financeiras.

Para traçar um paralelo com a situação do Brasil, os Estados Unidos têm vários programas sociais, como Medicaid e vale-refeição, que ajudam os americanos de baixa renda a sobreviver. No entanto, esses programas nem sempre são suficientes para tirar as pessoas da pobreza. Na verdade, os Estados Unidos têm a segunda maior taxa de desigualdade de renda entre os países desenvolvidos.


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