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Acusado por estupro coletivo no Piauí é condenado a 100 anos de prisão

O crime bárbaro ocorreu no dia 27 de maio de 2015, quando quatro amigas foram tirar fotos em um ponto turístico e foram atacadas pelo homem e quatro adolescentes.

Por Redação Publicado em
Homem e condenado 100 anos

Acusado de ser o mentor do estupro coletivo de quatro adolescentes em Castelo do Piauí (região norte do Estado), Adão José Sousa da Silva, 43, foi condenado a 100 anos e oito meses de prisão em regime fechado, em julgamento iniciado nesta terça-feira (27) e concluído na madrugada desta quarta-feira (28). Três vítimas foram ouvidas.

O veredicto considerando o réu culpado foi lido pelo juiz Leonardo Brasileiros por volta das 4h, após reunião dos jurados na sala secreta por mais de duas horas. A demora ocorreu pela quantidade de crimes imputados ao réu.

O crime bárbaro ocorreu no dia 27 de maio de 2015, quando quatro amigas foram tirar fotos no Morro do Garroto, um dos pontos turísticos do município e foram atacadas pelo homem e quatro adolescentes.

O júri popular aconteceu no Fórum de Castelo do Piauí e a maioria dos jurados --cinco mulheres e dois homens-- entendeu que Silva tanto participou do crime como também comandou o grupo de quatro adolescentes para estuprar, agredir, torturar e tentar matar as garotas.

O Ministério Público pediu a condenação em regime fechado em 151 anos. Ele foi denunciado pelos crimes de porte ilegal de arma, estupro qualificado (contra menor de 18 anos), homicídio com cinco qualificadoras (motivo torpe, tortura acometida por meio cruel, impossibilidade de defesa das vitimas, ocultação do crime de estupro e feminicídio), tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa com aumento de pena por envolvimento de menores.

O julgamento ocorreu a portas fechadas por se tratar de crime envolvendo vítimas e autores menores de 18 anos. Silva é o único adulto acusado de participar do crime. Ele estava detido preventivamente na Casa de Detenção Provisória de Altos, região metropolitana de Teresina.

Silva nega a participação no crime e diz que não estava na cidade na ocasião. Entretanto, um dos menores contou à polícia que ele estava com o grupo quando avistou as garotas chegarem ao Morro do Garroto.

A defesa dele foi feita pelos defensores públicos Darci Filho e Leandro Ferraz. Eles informaram que vão recorrer da decisão. Já a acusação foi feita pelo Ministério Público Estadual, por meio do promotor de Justiça Ricardo Trigueiro e o advogado de acusação João Washington de Andrade Melo. Com informações de Uol.

Durante todo o dia, o município de Castelo do Piauí contou com reforço policial, pois o crime chocou a população e uma multidão se aglomerou na frente do fórum até a saída do veredicto. Além das três vítimas que foram ouvidas no julgamento, cinco testemunhas de defesa e três de acusação prestaram depoimento.


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