Iza revela que deu o primeiro beijo aos 17 anos: "Sentimento de inferioridade impedia"

A cantora Iza desabafou em entrevista a Glamour sobre solidão na fama, sobre o momento de libertação que vive e sobre a relação de autoestima com o próprio corpo.

"Estou vivendo um momento íntimo de libertação. Já passamos da hora de pararmos de dizer o que a mulher negra deve fazer ou não", diz a cantora.

Sobre a fama, ela diz que enfrenta momentos de solidão. "Passo o dia rodeada de pessoas me tocando ou dizendo o quanto sou incrível, mas no fim do dia estou sozinha no quarto de hotel. É uma relação muito especial, mas as pessoas que dizem que me amam só me querem no meu momento de felicidade, jamais no meu dia triste. O que me mantém sã é ter um marido incrível (o produtor musical Sérgio Santos), a minha família próxima e uma equipe atenciosa", contou.

Ela falou ainda sobre o desejo de fazer cirurgias na medida que foi crescendo e a relação de autoestima atualmente. "Hoje gosto muito do que vejo, mas cresci querendo fazer várias cirurgias. Com o tempo entendi que era maluquice tentar se encaixar em um padrão. Não é que comecei a me amar, mas cansei de não gostar de mim. E isso tem tudo a ver com o fato de eu ter sido a única criança negra nas escolas particulares onde estudei. O sentimento de inferioridade me impedia até de acreditar nos elogios. Inclusive, fui dar o meu primeiro beijo só aos 17 anos, idade em que tudo começou a mudar", contou.

"Acho que é o mesmo movimento de quando as mulheres negras começaram a assumir os seus cabelos crespos. Os mais radicais diziam que era proibido alisar, mas nós somos livres. A nossa única obrigação é nos sentirmos bem com o que vemos no espelho", pontuou.

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