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"Quero uma resposta", diz mãe de Ágatha sobre morte da criança no RJ

De acordo com o procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, o inquérito que foi instaurado está sob segredo judicial.

Por Redação Publicado em
Agatha

A mãe da menina Ágatha Vitória, que foi morta no mês de setembro no Rio de Janeiro, compareceu nesta terça-feira (5) a Delegacia de Homicídio em busca de respostas sobre a morte da criança. De acordo com o procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, o inquérito que foi instaurado está sob segredo judicial. 

"A gente não tem acesso ao caso porque está sigiloso. Até quando vai estar? Quando vai sair essa resposta? Até quando? No dia que eles (polícia) conversaram comigo disseram que iam fazer o possível para concluir em 30 dias. É claro que como ele disse (o delegado) ninguém tem prioridade. Mas eu como mãe quero uma resposta", desabafou Vanessa Sales à Globo. 

"Não pode ficar assim. Não pode ter mais Ágathas, outras crianças, que isso se apague. A gente quer que seja feita justiça. Até hoje não voltei para minha casa. Não tenho condições psicológicas porque tudo era ela naquela casa. Minha irmã, meu marido já chegaram a ir. Mas foi difícil para os dois. Eles choraram muito. Aquela casa toda era ela, a cozinha, o banheiro, o quarto", disse.

Rodrigo Mondego, que fornece assistência à família de Ágatha, declarou que vai contatar a Comissão de Defesa de Prerrogativas dos Advogados para ter acesso ao inquérito.

"Conseguimos convencer testemunhas a serem ouvidas pela polícia e acompanhamos depois os depoimentos de todas elas. Hoje, está fazendo 45 dias da morte de Ágatha e 34 dias da reconstituição E até agora a gente não tem nenhum tipo de resposta. Na semana passada, foi negado a nós o acesso ao inquérito, mesmo aos pais da Ágatha, sob o argumento de que o inquérito está em sigilo. Mas, os mais interessados na conclusão desse inquérito é a família da Ágatha. E representando a família gostaríamos de ter acesso", declarou.

"Estamos receosos porque a gente sabe que toda vez que uma violência dessa é perpetrada por um agente público de segurança existe toda essa dificuldade de se ter acesso, dificuldade de os autos serem concluídos. A gente quer acreditar, a gente confia no trabalho da Polícia Civil num caso que teve repercussão nacional como esse também. Mas até onde existe ingerência por parte do governo, que mentiu no início dizendo que estava havendo confronto no local e foi provado que não estava havendo conflito naquele determinado local?", questionou. 

"Eu quero para saber o que está acontecendo. Nós temos os depoimentos dos moradores do local de que não estava tendo tiroteio, confronto. A gente não sabe ainda qual o policial que atirou, mas, segundo todas as testemunhas, o tiro partiu da localidade onde se encontravam os policiais militares estamos. Queremos que o responsável pelo tiro seja responsabilizado por aquilo que aconteceu, ou seja dolo eventual. Ele pode não ter tido a intenção de atingir a Ágatha diretamente, mas dar um tiro num local movimentado, não tendo tiroteio, não tendo risco à sua vida,ele cometeu homicídio doloso com dolo eventual. Hoje mesmo irei na 23ª PIP (Promotoria de Investigação Penal) para ter acesso a esse inquérito. Já tinha até acionado a Comissão de Defesa de Prerrogativas dos Advogados para ter acesso a esse inquérito", pontuou o procurador. 

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