Pesquisa revela que aumentar equipe pode reduzir produtividade, afirma especialista
Estudo mostra que, sem liderança efetiva, número maior de pessoas em um time pode resultar em menor esforço individual
O quadro Vamos em Frente, apresentado nesta segunda-feira (11) no Conexão Clube Tambaú, trouxe um alerta do consultor Vinnie de Oliveira sobre um fenômeno conhecido como "motivação reduzida". Segundo ele, um experimento realizado em 1913 pelo engenheiro agrônomo francês Maximilien Ringelmann demonstrou que, em atividades coletivas, o aumento do número de participantes pode levar a uma queda proporcional no esforço individual.
O estudo original foi feito com testes de tração e mostrou que uma pessoa trabalhando sozinha atingia 100% do potencial, mas, quando inserida em duplas, o rendimento individual caía para 93%. Em grupos de três, o índice baixava para 85%, e, com oito integrantes, o desempenho individual caía para apenas 49% do esforço inicial.
Para Vinnie, esse resultado ainda é visível no mercado atual, seja na construção civil, no jornalismo ou em setores como o de tecnologia. Ele destacou que aumentar o número de colaboradores sem uma liderança eficiente não garante mais produtividade e pode gerar desperdício de recursos. “Não adianta colocar dez pedreiros e vinte serventes se não houver coordenação e manutenção da motivação”, afirmou.
O consultor ressaltou que a solução está na presença de líderes que mantenham a equipe conectada e engajada, citando exemplos do esporte, como técnicos que extraem o máximo rendimento de seus jogadores. Ele também comparou a situação com trabalhos acadêmicos, nos quais alguns integrantes acabam não contribuindo igualmente.
Vinnie concluiu alertando que o desempenho coletivo depende mais da gestão e motivação do que do simples aumento no número de profissionais.




