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Vacinados continuam a transmitir variante Delta, diz novo estudo

Segundo um estudo que envolveu mais de 700 mil pessoas, a imunidade de grupo será difícil de alcançar

Por Carlos Rocha Publicado em
Cabedelo vacina pessoas com 21 anos ou mais neste sábado (7)
Cabedelo vacina pessoas com 21 anos ou mais neste sábado (7) (Foto: Reprodução / SBT)

Pessoas com esquema vacinal contra a Covid-19 completo continuam a transmitir a variante Delta, revelou um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford. Porém, a vacina continua a ser eficaz na prevenção de doença grave e de morte.

Citado pela Sky News, Koen Pouwels, um dos principais cientistas envolvidos no estudo, assegurou que "as vacinas são melhores na prevenção de doenças graves e menos eficazes na prevenção da transmissão". E o "fato de as pessoas terem maior carga viral (com a variante Delta) sugere que a imunidade coletiva é mais desafiadora."

Para realizar o estudo, cientistas do COVID-19 Infection Survey fizeram testes regulares de PCR em mais de 700 mil pessoas selecionadas aleatoriamente, desde dezembro do ano passado. E, até maio, altura em que a variante Alfa era a dominante, as vacinas mostravam altos níveis de eficácia na prevenção da infecção.

Desde então, a variante Delta 'ganhou terreno' e as vacinas começaram a ter menos capacidade de bloquear o vírus. Os investigadores vincam, porém, que o dados mundiais sobre a evolução da doença mostram que as vacinas continuam a ser altamente eficazes reduzindo a hospitalização e a morte.

Os voluntários que participaram no estudo realizaram testes PCR com regularidade, o que permitiu, inclusive, aos cientistas medir o nível imunidade ao longo do tempo. E estes concluíram que, duas semanas depois da administração da segunda dose da vacina da Pfizer, o imunizante era 85% eficaz na prevenção de doença, consideravelmente melhor do que o da AstraZeneca (68% de eficácia).

Mas a proteção da vacina da Pfizer diminuiu rapidamente, sendo que três meses após a segunda dose, o imunizante evitou 75% das infeções, em comparação com a proteção de 61% com a vacina da AstraZeneca. "Estas duas vacinas parecem estar funcionando de formas muito diferentes", disse Sarah Walker, investigadora principal.


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