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Torcedor filmado cometendo racismo contra segurança se defende: “Meu cabeleireiro é negro”

Adrierre Siqueira da Silva foi flagrado cuspindo em um segurança do Mineirão e dizendo: "Olha sua cor", durante empate entre Atlético-MG e Cruzeiro.

Por Redação Publicado em
Torcedor racista

O torcedor do Atlético-MG que foi filmado cometendo injúria racial contra um segurança durante o clássico contra o Cruzeiro, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, no último domingo (9), tentou se defender das acusações em entrevista concedida nesta terça-feira (12).

Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, foi flagrado cuspindo em um segurança e dizendo: “Olha sua cor”, ao discutir com Fábio Coutinho, que tentava evitar que torcedores pulassem uma grade em uma das arquibancadas do estádio, durante um conflito com a Polícia Militar.

À imprensa, Adrierre pediu desculpas, afirmou não ser racista e tentou se justificar. “A única coisa que tenho a declarar é que realmente não sou racista. Tenho parentes que são negros, o meu cabeleireiro há dez anos é negro”, disse ele, depois de prestar depoimento na delegacia.

Tá aqui
A cara do "torcedor" do galo que é racista/machista
Não pode ficar impune pic.twitter.com/JBHsvLhGtw

— Kellen Chup (@lucianaavieiraa) November 11, 2019

"Quero pedir perdão ao Fábio Coutinho pela minha atitude, impensada naquele momento. Eu não sou racista. Estou completamente arrependido pelo que falei. Aquilo não é da minha índole. Sou um pai de família, crio minhas filhas para respeitar todos os seres humanos. Se tiver oportunidade, pessoalmente, quero pedir perdão a ele pelo ato impensado naquele momento. Foi no calor do momento”, continuou.

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O irmão de Adrierre, Natan Siqueira da Silva, de 28 anos, também compareceu à delegacia para prestar depoimento sobre o caso. Circula uma informação de que ele teria chamado o segurança de “macaco”, algo que o torcedor nega.

"A forma que está circulando nas redes sociais, na imprensa, que eu dirigi a palavra a ele de 'macaco', de forma alguma eu falei aquilo. A palavra direcionada foi 'palhaço' e não 'macaco'", argumentou.

Além de divulgar nota repudiando os atos de racismo, o Atlético-MG também excluiu os dois irmãos do quadro de sócios do clube - ambos pertenciam ao programa "Galo na Veia".

O Atlético informa que os dois torcedores identificados pela Polícia Civil, acusados de praticar injúria racial no clássico do último domingo, pertenciam ao programa @GaloNaVeia, embora inadimplentes. De qualquer forma, ambos foram desligados do programa de sócio-torcedor. pic.twitter.com/gl6NpsbOVr

— Atlético (@Atletico) November 12, 2019

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