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Tesoureiro do PT é morto durante aniversário; suspeito é apoiador de Bolsonaro

Marcelo Arruda comemorava os 50 anos de idade em festa com tema do PT

Por Juliana Alves Publicado em
Marcelo Arruda foi morto enquanto celebrava o aniversário de 50 anos, com festa temática do Lula e PT
Marcelo Arruda foi morto enquanto celebrava o aniversário de 50 anos, com festa temática do Lula e PT (Foto: Reprodução)

Terminou em tragédia a festa de 50 anos do guarda municipal e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda. Ele morreu na madrugada deste domingo (10) depois de ter sido baleado, enquanto comemorava o aniversário, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo testemunhas, Arruda festejava com amigos e familiares na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), quando o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho invadiu o local de carro gritando "Bolsonaro" e "mito". O homem, que estava armado, também teria ameaçado os convidados. A festa foi interrompida e os dois discutiram. Guaranho chegou a deixar o local, mas ameaçou voltar e atirar. Foi então que o petista buscou a arma funcional no carro e foi atingido por pelo menos dois tiros, no estacionamento.

Depois de baleado Arruda chegou a ser levado a um hospital próximo, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa esposa e quatro filhos. Marcelo Arruda era guarda municipal há 28 e diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi). Nas eleições de 2020, foi candidato a vice-prefeito pelo PT, em Foz do Iguaçu.

O policial penal federal Jorge Guaranho foi socorrido para um hospital. Até a última atualização desta matéria, não haviam informações sobre o estado de saúde dele.  A Polícia Civil chegou a informar que ele morreu, mas depois afirmou que não era possível confirmar a morte. O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, para onde Guaranho foi levado, também não confirma a informação.

Guaranho se identifica em redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

PT pede providências

Em nota divulgada neste domingo (10), o Partido dos Trabalhadores diz que o militante foi "vítima da intolerância, do ódio e da violência política". A legenda afirma que "desde o começo do ano, quando lançou uma Campanha Nacional contra a Violência Política, o PT vem alertando a sociedade brasileira e as autoridades dos vários Poderes da República para a escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país", enfatiza.

O documento assinado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz ainda que confrontos como o da última madrugada "são embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários".

Pelas redes sociais, o ex-presidente Lula, também lamentou a morte de Marcelo Arruda e pediu "compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho", o homem armado que invadiu o aniversário do petista. Lula disse que a família do atirador também perdeu um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado pelo presidente da República.

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