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Relatório: Amazônia perde em um mês área do tamanho do município do Rio de Janeiro

Os dados também mostram um aumento de 15% entre agosto de 2018 e julho de 2019

Por Redação Publicado em
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Foto: Getty Images

O instituto de pesquisa Imazon publicou nesta sexta-feira (16) um relatório no qual revela que o desmatamento da Amazônia Legal cresceu 66% no mês de julho deste ano em relação ao mesmo mês em 2018. Os dados também mostram um aumento de 15% entre agosto de 2018 e julho de 2019 no desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo os dados, no mês passado o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 1.287 quilômetros quadrados de desmatamento, contra 777 quilômetros quadrados no ano passado. O município do Rio de Janeiro tem 1.255 km².

Os casos ocorreram no Pará (36%), Amazonas (20%), Rondônia (15%), Acre (15%), Mato Grosso (12%) e Roraima (2%).

Cerca de 55% dos desmatamentos ocorreram em áreas privadas ou sob estágio de posse, segundo o relatório. O desmate em assentamentos correspondeu a 20%, em Unidades de Conservação foi de 19% e em Terras Indígenas de 6%.

Por outro lado, a área de floresta degradada diminuiu em julho deste ano em comparação com julho do ano passado. Este ano foram degradados 135 km² contra 356 km² em julho de 2018, uma redução de 62%. As degradações de 2019 foram detectadas no Pará (44%), Rondônia (18%), Amazonas (16%), Roraima (11%), Mato Grosso (8%) e Acre (3%).

Degradação é quando há "um distúrbio parcial na floresta causado pela extração de madeira e/ou por queimadas florestais", explica o Imazon em seu site.

O Imazon é uma Oscip (Organização da Sociedade de Interesse Público), qualificada pelo Ministério da Justiça, fundada em 1990 e com sede em Belém, no Pará. A organização não é ligada ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), cuja divulgação de dados sobre desmatamento gerou uma crise com o governo que culminou na exoneração do diretor do órgão, Ricardo Galvão.

O instituto faz o monitoramento da Amazônia por meio de imagens de satélites que reporta mensalmente o ritmo de desmatamento e degradação da floresta. O SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) detecta áreas de desmatamento a partir de 1 hectare. O governo Jair Bolsonaro (PSL) vem questionando o estudo feito pelo Inpe e já alegou que os dados são "imprecisos" e que causam problemas à imagem do Brasil no exterior.

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)


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