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Pedras depositadas em praia em João Pessoa podem causar dano ambiental, denuncia pesquisador

Professor afirma que as pedras estão sendo arrastadas pelo mar e aparecendo em outras partes da costa litorânea

Por Redação Publicado em
Pedras areia cabo branco foto arquivo pessoa
Pedras na areia da Praia de Cabo Branco, em João Pessoa Pedras na areia da Praia de Cabo Branco, em João Pessoa Foto: Divulgação/Arquivo Pessoa

Pedras distribuídas na faixa de areia de um trecho da praia de Cabo Branco podem estar contribuindo em um impacto ambiental direto na região litorânea de João Pessoa. O dano ao meio ambiente foi denunciado por um professor do 
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) nas redes sociais.

De acordo com o pesquisador Francisco Jacomé, há dois meses, as rochas pontiagudas foram distribuídas pela região, com o provável objetivo de diminuir o impacto das ondas no início da barreira da praia, que passa por obras de contenção de erosão.

No entanto, o professor afirma que as pedras estão sendo arrastadas pelo mar e aparecendo em outras partes da costa litorânea. "Esse procedimento é até recomendado, porém não com pedras do tamanho que foram colocadas, mas sim maiores. Isso está gerando um impacto ambiental direto. Fizeram de uma praia arenosa um depósito de pedra", disse ao Portal T5.

O professor ainda afirmou que procurou a Prefeitura Municipal para comunicar o dano, mas não obteve resposta.

Em nota, a Prefeitura de João Pessoa disse que "as rochas que aparecem na extensão da praia de Cabo Branco, são rochas sedimentares e seixos já existentes há milhares de anos no mar, sendo inverídica, a informação de que pedras que estão sendo colocadas na obra de proteção da falésia do Cabo Branco tenham se deslocado para a extensão a faixa de areia da praia".

Veja na íntegra:

NOTA

O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, esclarece que as rochas que aparecem na extensão da praia de Cabo Branco, são rochas sedimentares e seixos já existentes há milhares de anos no mar, sendo inverídica, a informação de que pedras que estão sendo colocadas na obra de proteção da falésia do Cabo Branco tenham se deslocado para a extensão a faixa de areia da praia.
 
Segundo ele, a distância da obra do enrocamento do sopé da barreira para o local onde foram flagradas as pedras na praia é de mais de 400 metros, o que tornaria impossível sua chegada pela força do mar. Além das pedras sedimentares e seixos, também há pedras que se soltaram de gabiões construídos há alguns anos para proteção da calçadinha.
 
Apesar disso, ele afirma que estas rochas, mesmo não sendo as mesmas utilizadas na obra da Barreira do Cabo Branco, não prejudicam a área, uma vez que estão auxiliando na proteção da calçadinha quando há picos de ondas de mais de dois metros.


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