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Paraibano relata aflição durante ‘férias frustradas’ em meio a pandemia do Coronavírus no Peru

Embarque ao Brasil só aconteceu cerca de oito dias após o período inicialmente previsto.

Por Redação Publicado em
PLAZA DE ARMAS
Brasileiros tiveram que aguardar na Plaza de Amas acompanhados por soldados do exército Brasileiros tiveram que aguardar na Plaza de Amas acompanhados por soldados do exército Foto: Reprodução / Internet

A volta pra casa em meio a um pós-férias um tanto frustrado pela pandemia do novo Coronavírus. A realidade recente em que viveu o cardiologista paraibano Glauco Gusmão conta com aflição, medo e incertezas. A viagem com destino às temperaturas amenas e altitudes peruanas teve acréscimo de luta diária com objetivo de retorno o Brasil.

O início de tudo se deu após a deflagração de medidas contingenciais pelo governo da cidade de Cusco, no país latino-americano, em prevenção ao novo Coronavírus. Glauco, que estava acompanhado por esposa e amigos, pretendia retornar ao Brasil no último dia 16. No entanto, a volta só aconteceu após mais de uma semana.

“A gente pretendia voltar neste dia. No entanto, ao irmos para o aeroporto de Cusco, o terminal de passageiros estava com acesso restrito. Fomos orientados a retornar para o hotel”, afirmou.

A partir daí, segundo ele, o aumento de medidas emergências tornou o tráfego de pessoas na cidade algo cada vez mais confinado.

“Passou-se a não poder circular nas ruas. As únicas exceções eram: ir ao mercado e farmácias. Em meio a falta de possibilidades para o nosso retorno, acionamos a embaixada brasileira. No entanto, a única resposta que a gente tinha era de que estavam em negociação com o governo local”, disse.

Em meio a espera, no último sábado (21) um avião comercial da Latam aportou no município. “Era o primeiro voo considerado ‘humanitário’. Ele tinha como objetivo repatriar os brasileiros que lá estavam. No entanto, eram apenas cerca de 170 lugares para atender um grupo de aproximadamente 300 pessoas”.

O cardiologista também conta que foi marcada a primeira viagem e o grupo teve que enfrentar temperaturas de 4, 5 graus em meio a uma praça, durante a madrugada. “O exército foi acionado para nos colocar em caminhões que tinha como destino o aeroporto. No entanto, faltaram vagas. Apenas uma parte conseguiu embarcar, aquela não era a nossa vez”, completou.

Em meio a gastos que extrapolaram as previsões inciais, o médico retornou ao hotel. Desta vez, nem o passeio dentro das instalações do local era permitido. “Esperamos até terça-feira, (24), quando foi mandado outro avião”, detalhou.

“A partir daí, conseguimos embarcar. Pegamos o voo em Cusco, seguimos para Iquique, também no Peru. Lá, foi realizado um pouco técnico. Chegamos por volta das 21h30 em Guarulhos – na Grande São Paulo. Tivemos que pagar hotel e transporte do próprio bolso ao chegar em São Paulo. Só embarcamos para João Pessoa ontem (quarta-feira, 25)”, completou.

Liberdade

Gláuco afirmou que não houve sequer testes ou medições de temperatura em solo brasileiro. “Não aconteceu nada. Nem em Guarulhos, nem em João Pessoa”.

O profissional da saúde e o grupo que o acompanhou encontra-se em isolamento social voluntário. “É nossa forma de mostrar respeito e cuidado com as outras pessoas. Vamos ficar isolados”.

Saudade

Pai de filhos pequenos, uma das coisas que mais o incomodavam era saber que as crianças choravam durante o período em que a viagem extrapolou. “Ficamos praticamente presos, passamos momentos de aflição. Não tínhamos data para sair de lá. Mas, agora tudo passou. Estamos bem. Assintomáticos, inclusive. Vamos esperar pelo momento ideal pra que não haja nada errado”, finalizou.


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