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Paraíba tem produção de máscaras cirúrgicas por reeducandas do Sistema Penitenciário

Iniciativa visa dar lugar à produção de um dos equipamentos de proteção individual (EPI) mais procurados no momento.

Por Redação Publicado em
PRODUCAO DE MASCARAS
Produção de máscaras em João Pessoa Produção de máscaras em João Pessoa Foto: Reprodução

O projeto Castelo de Bonecas, desenvolvido por um grupo de reeducandas da Penitenciária Feminina “Maria Júlia Maranhão”, em João Pessoa, foi temporariamente desativado e deu lugar à produção de um dos equipamentos de proteção individual (EPI) mais procurados no momento, a fim de evitar a propagação do coronavírus: as máscaras cirúrgicas.

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O objetivo é suprir a demanda dos policiais penais e equipes de saúde em todo o Sistema Penitenciário – 79 unidades prisionais, incluindo Penitenciárias e Cadeias Públicas, bem como profissionais da Secretaria de Estado da Saúde.

A ação está incluída nas medidas de proteção e prevenção ao contágio pelo novo coronavírus (Covid-19) adotadas pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), atendendo as determinações do Governo do Estado e das autoridades sanitárias. A produção das máscaras começou nessa terça-feira (24).

Devido a essa crise do coronavírus e, consequentemente, a aquisição de EPI, sobretudo máscaras cirúrgicas, fizemos uma aquisição de TNT  polipropileno, material utilizado para confecção de máscaras cirúrgicas, e desativamos temporariamente a oficina Castelo de Bonecas e por tempo indeterminado vamos produzir as citadas máscaras. Realizamos uma higienização no ambiente e todas as máscaras serão esterilizadas nos aparelhos de autoclave dos consultórios odontológicos das unidades que no momento estão com as atividades suspensas, ou seja, iremos deslocar esses aparelhos para a unidade feminina”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca.

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O secretário ressaltou que o Sistema Penitenciário da Paraíba é um dos pioneiros na iniciativa de confeccionar as máscaras e propés (sapatilha descartável). “Diversos Estados do país estão buscando mais detalhes para iniciar suas produções locais para a fabricação das máscaras”, observou, adiantando que foi estabelecido um cronograma de embalagem e distribuição das máscaras para que o equipamento de proteção individual (EPI) chegue a todas as unidades prisionais. Em breve, a produção será estendida para as penitenciárias femininas de Campina Grande, Patos e Cajazeiras.

A confecção das máscaras em polipropileno segue os padrões estabelecidos pela Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) – RDC nº 356/2020, publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (24), em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada ao Sars-CoV-2.

O gerente executivo da Ressocialização e idealizador do projeto, João Sitônio Rosas Neto, destacou que as reeducandas que estão confeccionando as máscaras receberam treinamento prévio e toda produção segue um rígido controle de qualidade. Elas usam touca, máscara e propé, além de obedecer a uma série de procedimentos relacionados à higienização das mãos durante o processo de fabricação das máscaras.

Nós oportunizamos uma capacitação para que elas pudessem iniciar o processo produtivo de confecção das máscaras de proteção e propés, bem como implantamos diversos POPs – Procedimentos Operacionais Padronizados, visando trazer mais segurança ao processo de confecção, através da realização do correto processo de limpeza e higienização do local de trabalho, insumos produtivos, maquinário e utensílios. As máscaras são confeccionadas em polipropileno (TNT), possuem três camadas para a proteção adequada a quem fizer uso delas, tudo em consonância com as normas estabelecidas pela RDC 356, da Anvisa”, pontuou João Rosas, adiantando que  pelo trabalho as reeducandas farão jus à remição de parte de suas penas em consonância com a Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal).

Cinthya Almeida, diretora da Penitenciária Feminina “Maria Júlia Maranhão”, unidade de referência feminina em ressocialização no Estado da Paraíba e pioneira na produção das máscaras, informou que a produção ocorrerá de segunda a sábado e já no primeiro dia centenas de máscaras foram produzidas.

 “As reeducandas que estão confeccionando as máscaras já trabalham no Projeto Castelo de Bonecas e com os conhecimentos adquiridos, somados à capacitação que receberam, poderão contribuir sobremaneira para o atendimento das demandas da Seap e de outros segmentos. O empenho delas e de todos nós é fundamental nesse momento atípico que estamos vivendo. A Paraíba e o nosso país vencerão esse vírus e temos muito orgulho em poder contribuir para a prevenção dos policiais penais, profissionais de saúde em nosso estado, reeducandos e reeducandas e toda a sociedade”, ressaltou.

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