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Filhas siamesas

Pais de siameses relatam expectativa para cirurgia de separação

Siamesas nasceram em setembro, em São Paulo, e devem fazer cirurgia em dezembro.

Por Redação Publicado em
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O técnico em informática Vanderson Maia, 32 anos, e a esposa, Jaqueline Camer, 29, de Alvorada do Oeste, interior de Rondônia, já eram pais de Victor, 9, quando descobriram que um bebê estava a caminho. Aliás, um não, dois: Sara e Eloá! "Um ano antes, minha esposa teve um aborto espontâneo e, no ano seguinte, engravidou das nossas princesas. Foi um turbilhão de sensações", lembra o pai.

Mas já no primeiro ultrassom, eles ficaram sabendo que as meninas eram siamesas. "Quando descobrimos, ficamos assustados, mas confiantes, pois já as amávamos desde o ventre. Fizemos vários exames de ultrassom e cada exame demonstrava um diagnóstico negativo, sendo praticamente impossível os fetos evoluírem, mas não desistimos", conta.

Em agosto, a família mudou-se temporariamente para São Paulo em busca de atendimento médico especializado. "Não conhecemos ninguém aqui. Quando viemos, não tínhamos lugar pra ficar, mas acabamos conhecendo pessoas que, felizmente, nos acolheram e abriram a casa para nós", conta Vanderson. Eloá e Sara nasceram no dia 23 de setembro, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, com 35 semanas.

Jaqueline recebeu alta dois dias depois do parto, mas as bebês continuam na UTI neonatal até a tão esperada cirurgia de separação. "Os médicos fizeram um exame de imagem que constatou que elas compartilham uma válvula do coração, o que faz com que Sara fique bastante cansada, pois o coração dela trabalha pelas duas", conta.

"Elas estão coligadas desde o tórax ao umbigo. A separação será possível sim. A equipe médica da separação já fez um molde 3D do coração de ambas para poder estudar como será feita a separação. Essa semana, elas ainda passarão por uma cirurgia para inserir um extensor na barriguinha de cada, fazendo com que a pele estique e, assim, tenha pele o suficiente para fechar a cirurgia após a separação", explica o pai.

"Desde o início, já aprendemos muito sobre dar valor à vida, ainda mais agora, na situação em que estamos. Precisamos ser fortes, Deus tem nos fortalecido e pedimos sempre força. A cada dia, ficamos cada vez mais encantados com nossas princesas e não vemos a hora de recebermos alta para irmos embora para nossa casa, fazer o quartinho delas", finalizaram.


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