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Novos voos da Avianca são cancelados após tripulantes entrarem em greve

Eles pedem que a Avianca Brasil, em recuperação judicial desde fevereiro, pague salários, rescisões e benefícios atrasados de seus funcionários

Por Redação Publicado em
Avianca nao tera mais de devolver 10 aeronaves apos acordo com Anac
Tripulantes pedem que a Avianca Brasil pague salários, rescisões e benefícios atrasados de seus funcionários Tripulantes pedem que a Avianca Brasil pague salários, rescisões e benefícios atrasados de seus funcionários Foto: Divulgação

Parte dos voos nacionais da Avianca que passam pelos aeroportos Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, está sendo cancelada após pilotos, copilotos e comissários entrarem em greve às 6h desta sexta-feira (17).
São barradas tanto as decolagens dos voos normais quanto as dos voos em trânsito -quando é feito a escala nesses aeroportos. Nesse segundo caso, os pilotos foram instruídos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) a ler um discurso aos passageiros.

Nesta quinta (16), o TST (Tribunal Superior do Trabalho) acolheu parcialmente um pedido da empresa e determinou que devem ser mantidos ao menos 60% dos empregados durante a paralisação, que não tem data para acabar e deve durar até as reivindicações do grupo serem atendidas.

Eles pedem que a Avianca Brasil, em recuperação judicial desde fevereiro, pague salários, rescisões e benefícios atrasados de seus funcionários, como vale-alimentação, férias, FGTS e diárias de viagens. Também argumentam que os atrasos e o clima de incerteza sobre a continuidade das operações da companhia geram uma situação que pode afetar a segurança dos voos.

De acordo com o sindicato, a Avianca demitiu ao menos 900 pessoas desde segunda (13), quando a empresa começou uma demissão em massa, sendo que um terço delas foi desligado nesta quinta-feira (16). O número de demitidos, porém, pode ser maior, porque não inclui os aeroviários, que atuam no solo.

Além dos demitidos, há 200 profissionais que pediram licença não remunerada e cerca de 1.200 que aderiram a um plano de demissão voluntária da companhia, segundo Ondino Dutra, presidente do sindicato. Ele diz que permaneceram na Avianca cerca de 700 tripulantes.

"A empresa se desmanchou. Separou uma pequena sala de 30 m² para fazer as demissões. Tivemos de alugar um espaço com verba do sindicato para viabilizar [o atendimento aos demitidos]", afirmou Dutra nesta quinta.

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