Mulher diz ter sido ferida por agulha em Campina Grande; casos chegam a 32
Todos eles fizeram exames médicos e receberam um coquetel com medicamentos para prevenção de doenças.

Deu
entrada na noite desta quarta-feira (13), no Hospital de Emergência
e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, uma mulher de
23 anos. Ela disse ter sido perfurada por uma agulha durante os
festejos no Maior São João do Mundo na cidade. Conforme a
assessoria da unidade hospitalar, a entrada da vítima ocorreu às
21h29.
Com
esse, chega a 32 o número de pessoas que relataram ter sido feridas
nas festividades juninas. De acordo com o levantamento do Trauma, 27
foram no Parque do Povo e cinco no bloco Namoradilha. Ao todo, foram
contabilizados 20 homens e 12 mulheres.
Contaminação
- Apesar dos vários relatos, a médica infectologista Priscila
Sá informou que a chance de infecção é mínima. “A chance de
infecção é mínima devido à natureza leve das lesões e da forma
como foi feito. A grande maioria das pessoas não tem certeza de que
foram furadas com agulhas pois não viram o objeto. A polícia já
está investigando e os pacientes estão em medicação preventiva e
sendo orientados. A chance de infecção pelo vírus HIV é 0,3%. Com
as medicações caem em 80%”, ressaltou.
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Segundo
a médica, os relatos das vítimas são diversos. “Os relatos são
das mais diversas formas possíveis, desde arranhões ou leves
incômodos em alguma parte do corpo só sentidos ao chegar em casa,
ao menor número de casos de lesões puntiformes em que as vítimas
realmente viram uma pessoa portando uma agulha nas imediações em
que se encontrava”, esclareceu.
Todos os pacientes foram submetidos a exames médicos e receberam um
coquetel com medicamentos para prevenção de doenças
infectocontagiosas.
Polícia
investiga - Apenas uma pessoa procurou a Polícia Civil da
Paraíba para registrar Boletim de Ocorrência (BO) sobre os ataques
com uso de agulhas no Parque do Povo, em Campina Grande. Segundo o
delegado da 10ª Seccional, Henry Fábio Ribeiro, as vítimas das
supostas agulhadas precisam registrar o fato, em virtude deste crime,
se comprovado, ser inicialmente tipificado como lesão corporal de
natureza leve.
Neste
caso, de acordo com a legislação penal, a investigação depende de
uma queixa formalizada pela vítima, já que lesão corporal é um
crime, cuja ação é de natureza pública condicionada à
representação. “Ou seja, a vítima precisa fazer a denúncia para
que a Polícia Civil adote as providências legais”, afirma Henry
Fábio. Ainda segundo ele, o único BO feito na delegacia sobre o
assunto foi registrado na sexta-feira (8). A queixa foi de uma mulher
que afirmou ter sido furada por uma agulha no Parque do Povo. Assim
que recebeu a queixa, o delegado instaurou inquérito para apurar o
fato e determinou diligências.
“Já
no dia seguinte (sábado, dia 9) solicitamos informações de outras
pessoas que teriam sido atendidas no Hospital de Trauma de Campina
Grande, que afirmaram ter sido vítimas de agulhadas. A unidade
hospitalar respondeu que até a segunda-feira havia atendido seis
pacientes. Com a divulgação dessas informações, o número de
pessoas que se dizem vítimas cresceu de forma geométrica, mas não
houve mais registros na delegacia”, destacou o delegado.
“Estamos
solicitando laudos do hospital e buscando as demais pessoas para
esclarecer o caso. Orientamos que essas pessoas procurem a delegacia
para auxiliar nas investigações. Precisamos saber, por exemplo,
qual local da ocorrência, se foi no Parque do Povo ou não, qual
horário, saber se o caso se tratou de uma agulha mesmo e, caso
positivo, saber se a vítima tem condições de identificar autores
das agulhadas”, acrescentou.
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