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Ludmilla se pronuncia sobre protesto no Prêmio Multishow contra racismo: "ninguém pode me parar"

Durante a apresentação de 'Rainha da favela', ela expôs áudios de ataques racistas que sofreu

Por Redação Publicado em
Ludmilla

Ludmilla comentou o protesto que fez no Prêmio Multishow 2020 na última quarta-feira (11). Durante a apresentação de 'Rainha da favela', ela expôs áudios de ataques racistas que sofreu. Ela disse que a intenção foi mostrar para as pessoas o preconceito que passa. 

"É muito complicado você ter que se afirmar toda hora, você ter que provar toda hora que merece estar ali. E chegou uma hora que eu não quis mais provar que eu merecia estar ali, sabe. Eu só faço e eu estou ali porque eu sou isso, eu não tenho mais nada que provar para essas pessoas. E eu quis deixar aqueles áudios para o Brasil inteiro saber o que eu passo, o que eu enfrento. E, às vezes, algumas pessoas não entendem algumas atitudes minhas. Mas é tipo só a pontinha do iceberg de tudo o que acontece comigo nos bastidores", disse durante live com Hugo Gloss através das redes sociais.

"Estar ali performando, fazendo tudo aquilo e mostrando a minha música também é uma forma de mostrar para eles que eu não vou parar de jeito nenhum. Não importa o que eles falarem, o que eles disserem. Ninguém pode me parar. Só Deus pode me parar, e ele me botou aqui. Eu vou continuar fazendo isso, levando alegria para as pessoas e cantando a minha música", declarou.

"Eu fui pesquisar mais sobre racismo, o que acontece... E eu estava vendo um filme que mostra que antigamente, na época da escravidão, quando um negro sabia fazer uma coisa a mais do que um branco, tipo, sabia ler, cantar melhor ou tocar algum instrumento melhor, apanhava, levava chibatada por isso. E, na nossa atualidade, essas chibatadas são esses ataques. Porque tem gente que não aceita uma preta estar no topo. Uma preta ter um carro melhor do que um branco. Uma preta estar numa posição melhor. Uma preta estar vestida melhor. Uma preta estar falando melhor. Estar se posicionando e estar pegando o seu lugar de fala, que é o seu de verdade. E aí, vêm as chibatadas. Só que antigamente era aquela escravidão, era aquilo tudo, era tudo amarrado. Hoje, a gente tem liberdade. Hoje eu sou livre para fazer o que eu quiser. Hoje, ninguém pode me prender", afirmou.

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