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Investigados na 'Calvário' têm bloqueios de R$ 23,4 milhões​ em bens

Investigações contam com mensagens de celular, gravações ambientais e informações obtidas por meio de um acordo de colaboração premiada

Por Redação Publicado em
OPERAAO NONA FASE CALVRIO
Mandados foram cumpridos pela PF e CGU no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa Mandados foram cumpridos pela PF e CGU no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa Foto: Verinho Paparazzo/RTC

A 9ª fase da Operação Calvário realizada nesta terça-feira (27), na Paraíba, Sergipe e Distrito Federal, teve entre as ações, o bloqueio de bens dos investigados em um total de cerca de R$ 23,4 milhões.

Nesta fase, apuram-se crimes de lavagem de dinheiro praticados supostamente pelo conselheiro Arthur Paredes Cunha Lima e por pessoas ligadas ao grupo empresarial em uma das organizações sociais envolvidas que recebiam propina de fornecedores.

+ Veja imagens da 9ª fase da 'Operação Calvário' em João Pessoa

De acordo com o MPF, a medida está relacionada à Operação Calvário, que apura a instalação e o funcionamento de uma organização criminosa liderada pelo ex-governador Ricardo Coutinho.

Os pedidos de investigação feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal foram atendidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por conta da competência da Corte quanto à citação ao atual governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), nas investigações. Além dele, são citados mais dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE/PB), são eles, André Carlo Torres e Nominando Diniz.

Delação

As investigações contam com mensagens de celular, gravações ambientais e informações obtidas por meio de um acordo de colaboração premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e um empresário que era gestor de fato de duas entidades envolvidas nos ilícitos.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, designada pelo procurador-geral, Augusto Aras, para atuar nos processos criminais perante o STJ, também requereu a imposição de medidas cautelares a um advogado investigado pelo esquema, como a proibição de frequentar as dependências do TCE/PB e a suspensão do exercício da atividade advocatícia perante o órgão e em contratos com entes públicos.

Investigações

O esquema teria começado em 2011 e envolveria a contratação de organizações sociais (OSs) para gerir recursos públicos. De acordo com a investigação, as OSs direcionavam os gastos de hospitais para determinados fornecedores, que, posteriormente, repassavam parte do valor a agentes públicos. Na mesma operação já houve buscas e apreensões em dezembro de 2019, ocasião em que o STJ determinou o afastamento do cargo de dois conselheiros do TCE/PB.

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