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Idosa que contraiu raiva após mordida de raposa é transferida para a UTI, em João Pessoa

Segundo a unidade hospitalar, o estado de saúde é considerado grave, mas estável

Por Redação Publicado em
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Foto: Arquivo/ Dennison Vasconcelos/RTC

A idosa diagnosticada com raiva humana no interior da Paraíba foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva, nesta sexta-feira (26). Desde que deu entrada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, ela estava na enfermaria. Segundo a unidade hospitalar, o estado de saúde é considerado grave, mas estável.

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) notificou um caso de raiva humana no interior do estado na última quarta-feira (24). A notificação do caso aconteceu após 5 anos sem registros da doença. A paciente diagnosticada tem 68 anos e é moradora de Riacho dos Cavalos, no Sertão do Estado.

De acordo com a Nota da SES, o ataque ocorreu no último dia 8 de junho e o resultado do exame saiu nesta quarta-feira (24). A mulher foi mordida na mão com gravidade e começou a apresentar os sintomas. Um dia após o ataque, ela procurou a unidade básica de saúde do município. No dia seguinte, ela foi encaminhada para o hospital regional de Cajazeiras e, em seguida, para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa.

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida para os humanos pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura ou lambedura desses animais. O vírus ataca o Sistema Nervoso Central.

“Trata-se de uma doença extremamente aguda e com letalidade de 99,9%. Com base em orientações do Ministério da Saúde, a SES alerta a população para que redobre os cuidados preventivos, principalmente no trato de cães e gatos domiciliados, semi-domiciliados e de rua, além de outros animais como bois, porcos e cavalos. É muito importante evitar ao máximo os acidentes com esses animais e animais silvestres”, alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.

No Brasil e no mundo, os cães ainda são considerados responsáveis por mais de 90% da exposição do homem ao vírus da raiva e por mortes em seres humanos pela doença.

“No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Se for uma possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão ou outro detergente, em seguida antissépticos. A limpeza cuidadosa tem que ser feita o mais rápido possível após a agressão e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido”, orientou o chefe do Núcleo de Zoonoses da Secretaria, Francisco de Assis Azevedo.

A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que, consequentemente, previne também a raiva humana. Deve-se sempre evitar se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo. A SES orienta, ainda, a nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

“As vacinas antirrábicas estão disponíveis nas 12 Gerências Regionais de Saúde da Paraíba. Já o soro antirrábico humano fica disponível nas unidades de referência: Hospital General Edson Ramalho (João Pessoa), Hospital Regional de Trauma Dom Luiz Gonzaga (Campina Grande), Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro (Patos) e no Hospital Regional de Cajazeiras”, informou Assis.


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